Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Os painéis e os dois inversores instalados, ao custo de R$ 150 mil, têm capacidade para geração de 4.800 KWH/mês. “O tempo de retorno médio do sistema fotovoltaico é de 40 meses. O período, a partir de 40 meses até os 25 anos de instalação, é considerado de lucratividade. A escola vai gerar R$ 4 mil por mês de economia para as contas públicas. Isso é gestão governamental, dinheiro bem investido”, destaca o assessor técnico da Emater-DF Tupac Petrillo, especialista em Gestão Ambiental.
Nesta segunda-feira (4), a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, acompanhada de técnicos da empresa, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, visitaram a escola e conferiram o funcionamento do sistema, que foi viabilizado com emenda parlamentar.
“A importância desse projeto vai além da economia, tem o lado da consciência de preservação do nosso meio ambiente, de mudança de pensamento, de paradigmas. A hora que esse investimento for pago, será só economia gerada e esse recurso, que hoje é entregue para pagamento de conta de luz, poderá ser investido em projetos pedagógicos ou outros projetos que a escola queira e necessite”, destacou a secretária de Educação.
Para a presidente da Emater, a sustentabilidade trabalhada pela empresa ultrapassa as barreiras do campo. “A instalação desse sistema em escolas públicas é importante como inovação tecnológica e apresenta um ambiente demonstrativo, educativo e de treinamento, além de transmitir o conceito de gestão ambiental e eficiência energética no setor público. Questões que devem ser difundidas no campo e na cidade.” Neste ano, a Emater-DF também concluiu a instalação de placas de energia solar em 12 escritórios da empresa.
Escola-modelo
O Cemi é uma escola de ensino médio integral modelo da Secretaria de Educação do DF. Ao todo, 12 salas dividem 440 alunos matriculados no regime integral. No noturno, 280 alunos participam do Programa Novos Caminhos, com cursos profissionalizantes como recursos humanos, informática, cuidados ao idoso, entre outros. A escola fornece lanche e almoço aos estudantes e tem todas as salas de aula equipadas com ar-condicionado.
“Além de tornar a escola autossustentável em energia, o sistema fotovoltaico fortalece o nosso trabalho de iniciação científica focado em sustentabilidade, por meio de energias renováveis e biodiesel. Já com o projeto de captação de água das chuvas, a gente pretende já iniciar nossa horta. Tudo isso vai agregar muito para a educação dos alunos na escola”, avaliou o diretor do Cemi, Lafaiete Formiga.
Reaproveitamento de água da chuva
Na escola, também foi implantado, por meio da Emater-DF, um sistema de captação de água das chuvas. O sistema vai permitir o armazenamento de água para irrigação da horta (que está em fase de implantação) e uso conforme a necessidade da escola, como para limpeza do pátio. A instalação do projeto na escola custou R$ 25 mil, recursos também oriundos de emenda parlamentar.
O kit de aproveitamento de água da chuva passou a ser adotado em 2020, quando 37 escolas públicas e uma horta comunitária do Guará receberam o projeto. Neste ano, a expectativa é implantar mais 60 sistemas em escolas da capital. Com isso, o número de escolas atendidas com este tipo de equipamento subirá para 97 em todo o DF. Atualmente, a Emater-DF atende escolas que possuem hortas com assistência técnica, fornecimento de sementes, adubos e ferramentas. Em todas elas, a produção é orgânica.
“A gente só comemora e agradece muito à Emater por essa parceria, que trabalha também nas nossas escolas urbanas com essa questão da consciência ambiental e sustentável, com a implantação das hortas e de energia renovável. A gente quer avançar nos projetos e nessa parceria e implantar em outras escolas do Distrito Federal”, destacou Hélvia Paranaguá.
*Com informações da Emater e da Secretaria de Educação