Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
“É um conteúdo que pode aumentar a presença feminina nos espaços dentro da música popular que exigem um conhecimento mais avançado de harmonia”Iara Gomes, musicista e professora do curso
A capacitação será online e gratuita, pelo YouTube, a partir de 2 de agosto. No total, haverá 11 semanas de imersão, com dez aulas gravadas e quatro lives para tirar dúvidas. O material gravado terá legenda e audiodescrição para alcançar pessoas surdas, cegas ou com baixa visão.
As participantes devem ser maiores de 14 anos e já ter uma iniciação musical, formal ou informal, que possibilite a identificação de notas e intervalos básicos em uma partitura. O público-alvo inclui desde mulheres que tocam de ouvido em blocos carnavalescos até aquelas que têm vivência avançada em música erudita, mas ainda não dominam a harmonia da música popular.
Idealizado por uma equipe totalmente feminina, o curso proporcionará o conhecimento necessário para o desenvolvimento de arranjos e melodias, bem como a execução de improvisos e composição. O aprendizado será aliado ao piano. “É um conteúdo que pode aumentar a presença feminina nos espaços dentro da música popular que exigem um conhecimento mais avançado de harmonia e até diminuir a evasão escolar dentro do ensino musical formal, em que as meninas costumam não ter representatividade”, explica Iara Gomes.
Professora da Escola de Música de Brasília (EMB), Iara vivencia o cenário musical brasiliense e mundial há mais de duas décadas, tendo como foco a música instrumental e o jazz. Licenciada em música pela Universidade de Brasília (UnB), ela é mestra em música pela Universidade de Louisville, nos Estados Unidos.
Apoio essencial
O curso é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), pela categoria Meu Primeiro FAC – que promove ações de acessibilidade, alcance e relevância cultural e beneficiou, em 2021, 307 projetos.
“Queremos fomentar o maior número de projetos, especialmente de pessoas que ainda não tinham acesso ao recurso, para estimular a produção cultural fora da região central”, afirma o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), João Moro. Por meio do FAC, são produzidos cursos, filmes, peças de teatro, livros, exposições, oficinas e outras atividades.