Lúcio Flávio, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger
Os encontros são gratuitos e realizados na Praça dos Direitos. Novas vagas estão abertas para o mês de agosto, as inscrições podem ser feitas pela internet até o dia 31 de julho. Para participar do curso, que tem duração de cinco meses, o candidato deve ter entre 12 e 20 anos e ser estudante de escola pública ou bolsista de escola privada.
“O Include é um programa que visa promover inclusão social, digital e econômica para crianças e adolescentes de comunidades carentes, que não têm acesso à tecnologia e educação”Elísio Luz, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
Idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), em parceria com o Instituto Campus Party, em 2020, o Include já capacitou mais de 2 mil jovens nos 12 espaços – Plano Piloto, Sol Nascente, Ceilândia, Samambaia, Gama, Estrutural, Café sem Troco, Santa Maria, Recanto das Emas, Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), Paranoá e Itapoã.
No Itapoã, as aulas acontecem todas as segundas, pela manhã, e quintas-feiras, à tarde. Estudam na cidade, em cada turma, em média 13 alunos. A ideia é aumentar o número de vagas a partir de agosto, com quase 1.100 vagas ofertadas para todos os 12 espaços. Haverá 90 novas oportunidades presenciais para cada laboratório e 30 vagas para participação online.
As inscrições podem ser feitas aqui. Para quem é menor de 18 anos, a mãe, o pai ou responsável vai receber um e-mail com os termos para aceite. Sem o retorno do responsável, por e-mail, a matrícula não será concluída.
Nas aulas, a gurizada aprende a desenvolver placas fotovoltaicas, trabalhar na automação de casas, construir robôs em impressoras 3D, pilotar drones, além de técnicas para se tornarem web designers.
“O Include é um programa que visa promover inclusão social, digital e econômica para crianças e adolescentes de comunidades carentes, que não têm acesso à tecnologia e educação”, destaca Elísio Luz, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação.
No início da pandemia, o projeto funcionou de forma remota. Os alunos recebiam conteúdo online, e também materiais gráficos, desenvolvidos pelo programa para aqueles que não tinham acesso a computador e internet. A proposta da iniciativa é o de transformar a vida de jovens em situação de vulnerabilidade social por meio da tecnologia.
Universo mágico
“Não queria vir, achava que seria chato e agora quero vir todo dia”Alexandre Lopes de Souza, estudante do curso de robótica no Itapoã
Estudante do primeiro semestre do curso de análise e desenvolvimento de sistemas de faculdade no Lago Norte, Emily da Costa Queiroz, 18 anos, é só empolgação. Fã do mago das tecnologias, Bill Gates, a jovem sonha em seguir carreira na área. “Quando entrei aqui achei bem difícil, mas estou gostando”, comenta. “Espero conseguir entrar no mercado de trabalho me dedicando a esse universo, que é encantador”, conta.
“A maioria dos alunos chega aqui sem qualquer noção do que vai fazer, achando que precisa de muita coisa para realizar os trabalhos, e logo se encanta pelo assunto. É um universo que fascina”, observa a professora da turma da tarde do curso de robótica do Itapoã, Thaynara Damasceno. “Aqui a gente mostra um mundo maker, ou seja, em que eles aprendam a construir com o que têm. É muito gratificante fazer parte desse projeto. A melhor recompensa é a troca de experiência com esses alunos”, afirma.
Aluno do Centro de Ensino Fundamental 3 do Paranoá, Alexandre Lopes de Souza, 17 anos, tomou um susto quando soube que os pais fizeram sua inscrição no curso de robótica do Paranoá. “Não queria vir, achava que seria chato e agora quero vir todo dia”, diz, rindo, o adolescente.