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Drenar DF tem visita técnica de representantes da construção civil

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Representantes do setor da construção civil visitaram, na tarde desta sexta-feira (23), as obras do Drenar DF – maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF). Com investimentos na ordem de R$ 180 milhões oriundos da Terracap, o Drenar DF visa resolver os problemas de alagamentos e enxurradas no início da Asa Norte. Após apresentação técnica sobre o projeto no auditório da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), o grupo se dirigiu para a bacia de detenção, no Setor de Embaixadas Norte.

“Quero parabenizar o governo local pela coragem de fazer uma obra enterrada, que tem pouco capital político envolvido, uma vez que não é vista pela população. Trata-se de uma obra extremamente importante para Brasília, especialmente para os moradores da Asa Norte”
Adalberto Valadão Júnior, presidente do Sinduscon-DF

“Quero parabenizar o governo local pela coragem de fazer uma obra enterrada, que tem pouco capital político envolvido, uma vez que não é vista pela população. Trata-se de uma obra extremamente importante para Brasília, especialmente para os moradores da Asa Norte, que resolve um problema histórico de alagamentos na região”, salienta Adalberto Valadão Júnior, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF).

A obra segue em andamento mesmo no período de chuvas. A solução prevê a construção de ampla rede de drenagem pluvial – complementar ao sistema já existente, que começa nas imediações do estádio e descerá à via L4 Norte, e depois ao Lago Paranoá. A nova tubulação, em construção, passa paralela às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da Via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.

Apenas os poços de visita estão ao alcance dos olhos da população. A escavação e estruturação da nova rede subterrânea – entre 6 m e 22 m de profundidade, é realizada de forma manual, com pás e picaretas. Desta forma, os transtornos são mínimos, sem desvios no trânsito e abertura de valas, por exemplo.

A obra foi dividida em cinco contratos, que iniciaram as escavações em datas diferentes. Juntos, empregam cerca de 340 pessoas e geram cerca de 170 empregos indiretos. “Toda obra que gera emprego no setor da construção civil é uma obra que gera receita para a cidade, pagamento de impostos, empregos, movimentação financeira e, com tudo isso, também gera qualidade de vida para a população, não só pela obra entregue, mas pelo processo de execução que movimenta a economia como um todo”, finaliza Valadão.

Já são cerca de 5 km de túneis escavados, de um total de quase 7,6 km previstos. Além disso, 2 km de passagens subterrâneas foram concretadas – o interior da tubulação é revestido com uma camada de concreto que varia de 5 cm a 7,5 cm de espessura, o que protege o aço do efeito corrosivo da água.

O projeto utiliza o método tunnel liner, em que o acesso às galerias é feito por essas aberturas. A cada 46 cm de solo escavado, chapas de aço corrugado são montadas para sustentar o túnel aberto. As placas, com espessuras que variam de 2,2 mm a 6,5 mm, são parafusadas umas às outras conforme a escavação avança.

Na opinião de Celestino Fracon Júnior, vice-presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), como a obra é subterrânea, é impossível ter a dimensão do projeto. “Com essa visita, fico muito otimista de ver uma obra desse porte sendo executada e que, gradativamente, ainda terá outras etapas, resolvendo em definitivo o problema de enxurradas nessas regiões.”

Celestino refere-se ao projeto das faixas 10/11 da Asa Norte, assim como o projeto para a Asa Sul, que estão sendo revisados pela Terracap.

Bacia de detenção

Para receber as águas das chuvas captadas no início da Asa Norte, ao fim do percurso, está sendo construído um reservatório de qualificação de água pluvial no Setor de Embaixadas Norte, local visitado pelo grupo do Sinduscon-DF.

Implantado em uma área de 36 mil m², dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, o reservatório terá dupla função. A bacia de detenção, munida de dissipadores na sua entrada e vertedores na saída, vai reduzir a pressão da água que chega ao Paranoá. Além disso, a sujeira trazida pela chuva vai decantar no fundo da lagoa, resultando na melhoria da qualidade da água lançada no Lago.

A lagoa vai comportar até 96 mil m³ de água. Por estar dentro de um parque urbano, o acesso à bacia ficará protegido. O reservatório será totalmente cercado por alambrados de aço galvanizado com 1,10 m de altura.

Além da bacia de detenção, o Parque Internacional da Paz contará com ciclovia e diversificado projeto paisagístico. Serão mais de 200 árvores e arbustos plantados em uma área livre de 5 mil m², entre espécies para sombreamento, como magnólias do brejo, aroeiras vermelhas e copaíbas; e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.

*Com informações da Terracap

Fonte: Agência Brasília

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