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Em greve, servidores de hospitais federais promovem ato no Rio

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Em greve desde o dia 15 deste mês, por tempo indeterminado, servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro se reuniram em um ato em frente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense. Entre os principais itens da pauta de reivindicações estão a recomposição salarial, a realização de concurso público e a reestruturação das unidades que sofrem com o sucateamento ao longo dos últimos anos.

Hospital de Bonsucesso, um dos seis em greve – Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Membro do núcleo sindical do Hospital Cardoso Fontes, Neusa de Oliveira diz que o ato foi chamado para orientar a população e chamar os servidores para a paralisação porque estão reivindicando a pauta grevista há nove meses. Segundo Neusa, o governo não atendeu nenhuma pauta do último acordo de greve.

“Estamos reivindicando o enquadramento dos nossos auxiliares de enfermagem que trabalham em desvio de função porque exercem a função de técnico de enfermagem. Estamos reivindicando a continuidade dos nossos contratos temporários até a instalação de concurso público para que evitem ficar de seis em seis meses renovando. Temos um déficit de mais de 8 mil profissionais de enfermagem da rede federal. A gente não quer o fatiamento das unidades. Estão querendo entregar as unidades para a Empresa Brasileira de Gestão Hospitalar (Ebserh), a organizações sociais ou à gestão do município do Rio de Janeiro”, afirmou Neusa.

Os hospitais federais em greve são o de Bonsucesso, o Cardoso Fontes, o dos Servidores, o da Lagoa, o de Ipanema e o do Andaraí.

Segundo os servidores, até o momento, o governo federal não ofereceu nenhum reajuste. Os trabalhadores também cobram o pagamento do adicional de insalubridade e o cumprimento do piso da enfermagem em valores integrais.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev-RJ), as unidades vão funcionar com 30% do quadro de funcionários para dar sequência aos serviços considerados essenciais como hemodiálise, quimioterapia, cirurgias oncológicas, transplantes e atendimentos de emergência.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que recebeu os pleitos dos sindicatos e que reforça o compromisso de manter o diálogo e se disponibilizar a ouvir todas as reivindicações da categoria. No comunicado, a pasta informa que a orientação do Departamento de Gestão Hospitalar é que seja mantido o funcionamento pleno dos serviços nos hospitais federais para que não haja descontinuidade da assistência prestada à população.

“O ministério reforça que vem atuando para reconstruir e fortalecer os hospitais federais no Rio de Janeiro. Entre as medidas adotadas estão a instalação do Comitê Gestor, a convocação de mais de mil profissionais, e a prorrogação de mais de 1,7 mil contratos temporários; além da instalação de mesa de negociação para tratar das demandas das trabalhadoras e dos trabalhadores dos hospitais federais.”

 

*Matéria ampliada às 18h45 para inclusão do posicionamento do Ministério da Saúde 

Fonte: Agência Brasil

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