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Escolas públicas de Ceilândia adotam a literatura de cordel para estimular o gosto pela leitura e a criação literária dos estudantes

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Munido de data show, cartolinas, canetas, lápis, pincéis atômicos e muitos livros, o escritor Raimundo Nonato Sobrinho irá desenvolver, durante um ano, o projeto A magia do cordel, em escolas públicas de Ceilândia, para alunos do ensino fundamental. Serão ministradas 48 oficinas, em 20 escolas da cidade, com o objetivo de estimular o gosto pela leitura, a criação literária e a expressão artística dos estudantes por meio da tradição cordelista brasileira. O projeto foi aprovado e será executado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de Brasília.

“A partir do contato com a poesia popular, em particular o cordel, o participante conhecerá um pouco mais da realidade do nosso povo e suas peculiaridades, proporcionando, aos discentes da rede pública de ensino, a oportunidade de participarem de experiências literárias de caráter inovador, tendo como ferramentas a escuta, a leitura, a escrita e a declamação de cordéis”, observa Raimundo Sobrinho, idealizador e coordenador do projeto. Segundo ele, o propósito maior é levar os alunos a criarem seus próprios textos literários.

Cada oficina terá uma carga horária de 1 a 3 horas, cuja metodologia envolverá leitura de cordéis e exploração de gênero, exibição de vídeos sobre a técnica e produção de xilogravura, elaboração e revisão de textos por parte dos alunos, baseados em fábulas e em temas livres; e declamação das produções literárias dos estudantes. Haverá também a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, por meio de intérprete de Libras.

A primeira oficina foi realizada no último dia 2 de agosto, na Escola Classe 52 de Ceilândia. De 9 a 12 de agosto, o projeto esteve na Escola Classe 45, em turnos matutinos e vespertinos. Nos dias 15 e 19, as oficinas serão ministradas na Escola Classe 47. E, assim, sucessivamente, até o final do primeiro semestre do próximo ano. Para a coordenadora pedagógica da Escola Classe 52, a professora Gisele Ferreira Feitosa, iniciativas como essas resgatam a prática da literatura nacional nas escolas. “É fundamental que nossos estudantes tenham também mais contato com a literatura brasileira, pois o Brasil é uma fonte inesgotável de arte e diversidade”, diz ela.

A Literatura de Cordel foi reconhecida pelo Iphan, em setembro de 2018, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

Raimundo Nonato Sobrinho nasceu em Chapada (Ceará), em 1973. Em 1992 mudou-se para Brasília já trazendo diversos cordéis de sua autoria. É autor de mais de cem cordéis, entre eles A morte do notebook, O jumento tenta comer o papagaio na seca do Nordeste, O livro e o celular, todos condensados em dois livros: Mostra a tua cara, Brasil, e Brasil alegre, Brasil Triste.

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