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Solenidade rende homenagem da CLDF ao dia do perito criminal

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na manhã desta segunda-feira (11) solenidade em homenagem ao dia do perito criminal. Sediado no auditório do Instituto de Criminalística, o evento ocorreu por iniciativa do presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), e da deputada Doutora Jane (MDB).

O deputado Wellington Luiz lembrou que fez parte do Instituto de Criminalística (IC). “Antigamente, pasmem vocês, vir para o IC era como se fosse uma punição para um investigador. Vim e foram alguns dos dias mais importantes da minha vida porque fui acolhido, abraçado e respeitado. O instituto foi muito importante no meu crescimento profissional”.

O presidente da Casa destacou que, antigamente, as investigações eram feitas sem a participação do perito. “Não se faz mais investigação sem ele e isso deu a qualidade que a gente precisava para nossas investigações. Então, não tenho como falar da minha história sem lembrar do Instituto de Criminalística. Nossa polícia é extremamente grata a vocês, peritos e peritas. Brasília deve muito a vocês”, declarou Wellington.

A deputada Doutora Jane, presidente da Comissão de Segurança da CLDF, também destacou a importância do trabalho realizado pelos peritos. “O trabalho de vocês precisava ter um destaque maior. Na hora em que o delegado aparece com uma boa investigação, com os laudos que não deixam o autor escapar, tem por trás o trabalho de vocês [peritos em criminalística]. Um dos crimes mais bárbaros que já investiguei, e que marcou a trajetória da minha carreira, foi um estupro em uma criança de nove meses. Foi no Paranoá e tinha sido praticado pelo próprio pai. Fizemos um trabalho muito importante de perícia. Conseguimos encontrar material genético no lençol, que tinha sangue, ele lavou e torceu, mas ficaram umas gotas de sangue e a gente conseguiu fazer uma perícia”, contou a parlamentar e delegada da PCDF.

 

 

A distrital também defendeu a necessidade de equipar a perícia ainda melhor. “Temos toda condição de fazer o trabalho, mas precisamos trazer inovação e tecnologia. Precisamos de projetos para isso”, afirmou Doutora Jane.

Já o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, José Werick, respondeu que há muitos projetos, há investimentos, mas ainda faltam recursos. “Em 2023 foram alocados R$ 18 milhões no Instituto de Criminalística, sendo 14 milhões de reais em investimento. O que não falta são projetos. Infelizmente, faltam recursos. Se tiver dinheiro, pode canalizá-los para a PCDF porque temos projetos”, defendeu Werick. Além disso, o diretor falou sobre o quadro de servidores. “Há um dado importante, o quadro de peritos hoje possui apenas 50% do efetivo. É importante que nós autorizemos a realização do concurso. Demando a vocês que somem esforços nesse sentido”, concluiu o diretor-geral.

Por sua vez, a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Segurança Pública do DF, Regilene Siqueira ressaltou que o trabalho do perito é imprescindível para a polícia e toda a secretaria. “Como delegada de Polícia e agora subsecretária, posso dizer como é imprescindível o trabalho do perito nas investigações. Nossas carreiras precisam andar juntas e conversarem. Juntos, temos frutos muito melhores”, defendeu a subsecretária.

Já o corregedor-geral da PCDF, Ecimar Loli, reforçou que a perícia trabalha de forma técnica. “A perícia traz o conhecimento técnico para o inquérito. Mais do que isso, traz o direito do cidadão de saber se é culpado ou inocente. E podemos dizer sem medo que a perícia criminal de Brasília é a melhor do país”, ressaltou o corregedor.

 

 

O diretor do Instituto de Criminalística, Fábio Braga, recordou o conturbado mês de dezembro de 2023 para demonstrar os resultados importantes do trabalho realizado pelo IC. “Há um ano, nos ataques à sede da Polícia Federal, nosso pátio ficou lotado de carros e ônibus carbonizados e atuamos com excelência nesse tipo de exame. Logo depois, no dia 24 de dezembro houve o episódio da bomba no aeroporto de Brasília e mais uma vez mostramos nossa excelência. Depois, no trágico evento do dia 8 de janeiro, mais de 200 celulares foram periciados. Esses e outros casos puseram à prova toda a competência e excelência dos profissionais que trabalham nesse Instituto de Criminalística”, exaltou o diretor.

O chefe do Departamento de Polícia Técnica da PCDF, Raimundo Cleverland, lembrou a origem do dia do perito criminal. “Tem sua origem por conta de um acidente que tirou a vida de um perito, o Otacílio, em 1976, no Estado de Minas Gerais. Sabemos que cada dia nosso é uma entrega de vida para a gente alcançar o resultado. Além disso, há uma construção permanente da credibilidade. Quando um de nós, perito, assina um laudo, a gente diz o que a ciência nos permite afirmar”, disse Cleverland.
 

Posse

O evento também marcou a posse da nova diretoria da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística (ABPC). O presidente atual, André Lauar, usou o discurso para o momento de agradecimento. “Agradeço a todos os colegas e também aos deputados, Wellington e Jane, que são nossos parceiros. Assim que foi oficializado o nome do novo delegado-geral de Polícia, nossa associação encaminhou um ofício e pudemos nos encontrar pessoalmente. Acreditamos que o novo delegado-geral será capaz de atender aos anseios da categoria e perceber como queremos colaborar. Ficamos muito agradecidos por nos receber de maneira amistosa. Quero lembrar que ainda em janeiro tivemos reunião com o deputado Wellington e a deputada Jane sobre como seria o modelo do reajuste que a categoria precisava tanto. Logo de início, o deputado Wellington colocou para que todos ponderassem sobre um reajuste diferenciado para a classe especial e todos acharam extremamente justo e que deveria ser implementado. Foi dali que começou e que conseguimos [o reajuste] com o trabalho árduo deles e de nossa bancada no Congresso Nacional”, disse André.

 

 

Por fim, o presidente eleito da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística, Marcelo Nunes, disse que o trabalho será feito sempre pelo consenso. “Seremos pautados pelo consenso, sem nunca esmorecer em nossas reivindicações. Por exemplo, as melhorias salariais pertinentes, regras de transição justas para aposentadorias e pensões, e também o concurso para perito criminal com posse e exercício o mais breve possível. Acreditamos que a maioria dos nossos pleitos pode ser atendida internamente. Contudo, caso essa crença se revele pura ilusão, usaremos todos os meios legais para concretizar nossas exigências”, declarou o presidente empossado.
 

Fonte: Agência CLDF

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