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Participantes de sessão solene defendem direitos de pessoas com fibromialgia

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Participantes de sessão solene em homenagem ao Dia de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia no DF, na manhã desta quarta-feira (8), no plenário, defenderam o acolhimento e o respeito aos direitos dos fibromiálgicos.

O autor da homenagem, deputado João Cardoso (Avante), narrou seu envolvimento com a causa, que resultou, entre outras ações, na Lei 7.336/23, que reconhece os fibromiálgicos como pessoas com deficiência (PcD) para todos os efeitos legais, o que, na prática, assegura benefícios como a isenção fiscal do IPVA e o atendimento prioritário à saúde. O parlamentar contou que vários cidadãos o cumprimentaram pela iniciativa, ao defender a efetividade da lei e se solidarizar com o sofrimento das pessoas nessa condição.

Acometida com a síndrome, a advogada Ana Cláudia Taniguchi, argumentou favoravelmente à Lei 7.336/23 e abordou aspectos jurídicos de ação movida contra a legislação. “A minha dor pode ser invisível, eu não”, declarou.

Também explanou pela efetividade da lei a vice-presidente da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro), Márcia Caires. Ela disse que os desafios e enfrentamentos, como o estigma social, não diminuem “a garra em lutar por nossos direitos”. Ao expor sobre a complexidade da patologia e suas implicações, Caires considerou que “hoje é um dia muito importante para o avanço na construção de uma política em prol dos fibromiálgicos que sofrem de uma doença invisível, mas extremamente profunda”.

 

 

Dor real

“Temos que nos conscientizar que a fibromialgia está presente na sociedade”, alertou o médico especialista na área, Roberto Filho. “A dor é real”, disse, ao citar que o tratamento multidisciplinar abrange reumatologista, fisiatra, psicólogo, entre outros profissionais.

Também especialista na área, o médico Carlos Gropen enfatizou que o diagnóstico da fibromialgia é clínico e a condição compõe o conjunto de dores crônicas difusas. Entre outros sintomas da patologia, ele destacou a fadiga crônica, que incapacita o indivíduo.

Um dos fundadores do ambulatório de dor da Universidade de Brasília (UnB), Gropen entende ser necessário conscientizar os alunos de Medicina, em especial, e a sociedade, em geral, sobre a questão. Ele avaliou que a divulgação sobre a fibromialgia “pode aliviar o sofrimento de muitas pessoas”.

Para a representante da Secretaria de Saúde do DF, Fernanda Quirino Silveira, que é referência técnica distrital em reumatologia, o principal desafio é promover o tratamento dos pacientes de forma adequada, ao citar que há cerca de 90 mil pessoas com fibromialgia no DF, doença prevalente em mulheres. Quirino apontou que o esforço da pasta é capacitar os médicos da atenção primária a fim de que eles estejam aptos a diagnosticar os pacientes, identificar aqueles que precisam de avaliação especializada, prescrever o tratamento adequado e acompanhar esses pacientes. Ela acrescentou que a prática de exercícios físicos é fundamental para os fibromiálgicos, sendo necessárias políticas públicas com esta finalidade.

De modo tangente, a secretária da Mulher do DF, Giselle Oliveira, ressaltou a importância de equipes multidisciplinares no enfrentamento à fibromialgia. Vários fibromiálgicos narraram suas experiências e mencionaram tratamentos alternativos, como o uso do canabidiol (CDB), no alívio dos sintomas.

Além de pacientes, também participaram do evento, transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, com tradução simultânea em Libras, médicos e familiares de pessoas com fibromialgia. 

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Fonte: Agência CLDF

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