O Calendário de Eventos do Distrito Federal passa a contar com a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de Taguatinga, festividade a ser celebrada anualmente no terceiro domingo do mês de setembro. É o que diz a Lei 7.755/2025, de autoria do deputado Gabriel Magno (PT), publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial do DF.
Segundo o deputado, a iniciativa “reconhece a festividade como manifestação em defesa da cidadania e do respeito à diversidade sexual e de gênero”. A nova norma prevê ainda a realização de atividades culturais e educativas de reconhecimento e promoção da cidadania e do respeito às comunidades LGBTQIAP+ ao longo de todo o mês de setembro.
“O objetivo da lei é promover visibilidade, respeito e inclusão, reforçando o papel do evento como espaço de resistência, celebração e conscientização da sociedade sobre os direitos da comunidade LGBTQIAP+”, destaca Magno. O distrital acrescenta que a Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de Taguatinga, que está em sua 18° edição, tem importante papel social e que o Brasil necessita urgentemente garantir igualdade material à população LGBTQIAP+, a fim de buscar uma “sociedade mais acolhedora, tolerante e diversa”.
Violência
Na justificativa do projeto de lei, Magno destaca o alto índice de violência contra pessoas LGBTQIAP+ no Brasil. Ele cita dados de 2021, do Grupo Gay da Bahia, que apontavam uma morte a cada 29 horas, entre homicídios e suicídios, com maior incidência entre gays, travestis e transexuais. Na mesma linha, o dossiê divulgado em maio de 2023, no site do Observatório de Mortes e Violências contra LBGTI+ no Brasil, denuncia a ocorrência de 273 mortes dessas pessoas de forma violenta no país, no ano de 2022. Desse total, 228 foram assassinatos, correspondendo a 83,52% dos casos; 30 suicídios (10,99%); e 15 mortes por outras causas (5,49%).
“Diante disso, e considerando que o respeito deve ser o principal propulsor para uma sociedade digna e exemplar, nada mais justo e inclusivo do que inserir, no calendário oficial de eventos do DF, a “Parada do Orgulho LGBTQIAP+ de Taguatinga, como instrumento para reafirmar a importância dessa comunidade e sensibilizar a população para que tenham mais conhecimento, reconhecimento e respeito às situações a que tanto lhes acometem”, observa o distrital.
Fonte: Agência CLDF