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Mostra na Câmara Legislativa traduz impacto do hip hop no DF

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“O hip hop está aonde o estado sequer tem coragem de ir: nas ruas mais escuras de cada cidade, com aquele mano e aquela mana que o estado já abandonou tem muito tempo”. Com essas palavras o distrital Max Maciel (Psol) inaugurou a exposição PESO – Histórias do Rap do DF, no Espaço Cultural Athos Bulcão da Câmara Legislativa. Disponível até 22 de novembro, a mostra é aberta à população.  

Aproximadamente 100 obras de 22 expositores apresentam o panorama histórico e a importância do rap na construção da identidade do DF, por meio de fotografias, vídeos e documentos. Marcado por ritmo acelerado, rimas poéticas e improviso, tal gênero musical integra a cultura hip hop, que abrange também outras expressões artísticas, como o grafite.
 

“O hip hop para muitos daqui é um porto seguro, um horizonte, uma tábua de salvação e para mim funciona como um código de inspiração moral e ética, e até de revelações de conforto emocional”, declarou o curador e diretor da exposição, o cientista social e jornalista Thiago Flores. 

Na entrada da mostra é apresentada a obra do grafiteiro Jediael Lucas, mais conhecido como Jedai, artista do Riacho Fundo que também participou da abertura. Grafiteiro e pesquisador da cultura hip hop, ele afirmou que a exposição tem muita importância para o movimento como um todo e enalteceu grafiteiros, MCs e DJs que vieram antes.  

Já Natália Botelho – produtora da mostra e representante do programa Jovem de Expressão – esclareceu que além de representar o passado, a exposição também insere o visitante no momento presente do bem cultural retratado.

“A gente vai poder ver a história que está sendo construída dia após dia no DF e entorno”, descreveu. Ao final da sua fala, avaliou que se trata de mais um passo para um dia construir um museu do hip hop no Distrito Federal. 
 

Patrimônio do DF

Até a próxima quinta-feira (14), a Câmara Legislativa realiza a 2ª Semana Distrital do Hip Hop. A iniciativa do deputado Max Maciel (Psol) celebra o movimento como expressão cultural das periferias Brasília. Com entrada gratuita, a semana oferece programação diversificada, como oficinas de breaking, grafite, apresentações musicais, além de palestras sobre gestão de carreiras artísticas e uma audiência pública para debater o combate à criminalização das batalhas de rimas. 
 

A Lei 7.274/2023, proposta por Maciel, reconhece o hip hop como patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal. A legislação também instituiu a Semana Distrital no calendário oficial da CLDF, a ser celebrada anualmente em novembro. A escolha do período remete ao Dia Mundial do Hip Hop, fixado em 12 de novembro.

Fonte: Agência CLDF

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