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Estação 108 Sul tem nome mantido e terá recursos visuais em homenagem a Anna Nery

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A Câmara Legislativa realizou audiência pública, nesta segunda-feira (14), para discutir a alteração do nome da estação de metrô da 108 sul para “Estação Enfermeira Anna Nery”. A proposta foi barrada, no entanto, por limitações jurídicas e financeiras apresentadas pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Como alternativa, foi acordado que a estação terá ambientação visual em homenagem à patrona da Enfermagem no Brasil.

A rebatização da Estação 108 Sul foi proposta pela deputada Dayse Amarilio (PSB) por meio do projeto de lei nº 1.394/2024, e a ideia partiu de representantes da categoria, destacadamente, o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Neri. A nova sede do órgão fica ao lado de uma das saídas da estação, na 208/209 sul.

“Entendemos o valor que tem a Enfermagem. Mas, como gestor público, temos uma série de limitações”, iniciou o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, antes de elencar vários empecilhos para a alteração do nome da estação. “O Metrô é uma empresa pública, um patrimônio privado do GDF. As estações não são consideradas logradouros públicos, são imóveis patrimoniais do Metrô. Temos essa dificuldade”, argumentou.

O gestor destacou, ainda, recomendação do Tribunal de Contas do DF sobre a venda da nomeação das estações (naming rights) e outras justificativas de ordem financeira, como o custo do sistema eletrônico de anúncio dos nomes das paradas, que é de propriedade do fabricante dos trens. “Uma simples alteração, por incrível que pareça, é muito caro”, ressaltou Cabral.

Como contraproposta, o presidente do Metrô sugeriu transformar a estação da 108 Sul em um “polo de homenagem à enfermeira Anna Nery”, por meio de ambientação visual especial. “Há áreas de muita visibilidade para a instalação de painel; assim, conseguimos fazer essa justa homenagem”, defendeu.

Conduzindo a audiência pública, a deputada Dayse Amarilio disse ter compreendido as limitações para a mudança no nome da estação e concordou com a alternativa apresentada. “Queremos não só valorizar Anna Nery, mas queremos não ser mais invisíveis”, insistiu a parlamentar, que é enfermeira, defendendo a valorização da categoria.

A homenagem deve ser inaugurada no próximo dia 15 de maio, durante a Semana da Enfermagem. “Espero que marque o início de uma reparação simbólica, histórica e necessária”, reforçou Amarilio. E prosseguiu: “Esse gesto tem um poder imenso: comunica à sociedade o valor que damos aos nossos profissionais da saúde e resgata uma referência que inspira gerações”.

 

Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF

Quem foi Anna Nery

Pioneira da enfermagem no Brasil, Anna Justina Ferreira Nery (Cachoeira – BA,1814 – Rio de Janeiro, 1880) prestou serviços voluntários em hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai. Com recursos próprios, montou na casa em que morava na capital paraguaia, sitiada pelo Exército brasileiro, uma enfermaria, que funcionou até o final da guerra.

Sua dedicação lhe rendeu várias condecorações, e a primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil – fundada por Carlos Chagas em 1923 – recebeu seu nome.

Durante a audiência desta manhã, sua vida e suas contribuições foram enaltecidas por vários participantes. “Não dá para falar de Enfermagem sem falar de Anna Nery”, frisou Lúcia Bueno, da Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Distrito Federal (Aben).

Também estiveram presentes representantes do Cofen, do Sindicato dos Enfermeiros (Sindenfermeiro), da Universidade de Brasília (UnB) e de estudantes de Enfermagem.

Fonte: Agência CLDF

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