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Professores da rede pública do DF conhecem a alfândega de Brasília

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Agora, os ganhadores de cada Regional de Ensino disputam a etapa distrital, que começou no início do mês de junho

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

 

 

Cerca de 40 professores da rede pública de ensino do Distrito Federal tiveram a oportunidade, nesta semana, de conhecer as instalações da alfândega da Receita Federal, localizada no Aeroporto Internacional de Brasília. A visita é parte do Projeto Educação Fiscal EnCena, voltado para professores e estudantes do 4º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Participam do projeto em torno de 60 escolas da rede pública.

 

No roteiro da visita pedagógica, que durou cerca de três horas, os professores conheceram o processo alfandegário de produtos estrangeiros que entram no país, entenderam mais sobre inspeções de cargas e tiveram a oportunidade de acompanhar o trabalho realizado por cães farejadores.

 

Aprendi tanta coisa na visita que fiquei encantada com o conhecimento ao qual tivemos acesso, foi incrível. A experiência ajudará a melhorar minha prática pedagógica, porque vou poder compartilhar cotidianamente com os estudantes esse aprendizado”, afirma a professora de matemática Juliana Leonardo dos Santos, que atua no Centro de Ensino Fundamental 32 de Ceilândia.

 

 

O EnCena existe desde 2021 e é direcionado para as escolas da rede pública de ensino. A iniciativa é fruto da parceria entre as secretarias de Economia (Seec) e de Educação (SEE), além da Controladoria-Geral do DF (CGDF) e da Receita Federal. “O projeto impulsiona o aprendizado e promove a conscientização sobre cidadania fiscal de forma inovadora, tecnológica e abrangente”, explica o professor Diego Wannucci, membro do Grupo de Educação Fiscal do DF.

 

As ações do projeto transcendem o ensino tradicional e promovem uma abordagem integrada e multidisciplinar que enriquece a experiência educativa de professores e estudantes da rede pública de ensino, além de inspirar o desenvolvimento artístico e o protagonismo estudantil”, acrescenta Diego.

 

A proposta pedagógica do EnCena envolve várias ações, como a utilização de um aplicativo gamificado, acesso a mídias digitais, produção audiovisual, capacitação de professores e uso de metodologias ativas para gerenciamento dos processos de ensino e de aprendizagem. Entre os objetivos do projeto estão estimular o interesse da comunidade escolar em conteúdos fiscais por meio do uso interativo de ferramentas tecnológicas; incentivar a cidadania; e desenvolver os conteúdos da educação fiscal de forma lúdico-pedagógica.

 

Formação

 

O auditor fiscal da Receita Federal Leandro Gomes Rodrigues guiou os professores durante algumas visitas e destacou a importância da iniciativa. “É fundamental que a sociedade tenha acesso ao trabalho realizado pela Receita Federal no país. Os professores são formadores e transmitirão didaticamente esse conhecimento para os alunos”.

 

Integrante da área de comunicação e cidadania fiscal da Receita Federal e membro representante da Receita no Grupo de Educação Fiscal do DF, Reginaldo Araújo apresentou atividades que poderão ser aplicadas pelos docentes em sala de aula. “Apresentamos, de forma lúdica, por qual motivo existem os tributos e como funciona a administração pública, além de reforçar a importância de o cidadão conhecer mais sobre o tema”, conta.

 

Araújo acrescentou que, nas visitas, os professores também podem ampliar a compreensão sobre como funciona a estrutura da administração pública e criar dinâmicas para os estudantes entenderem os papéis desempenhados na sociedade pelo governo, pela população e pela iniciativa privada.

 

A professora Juliana Leonardo dos Santos explica que “a participação nas ações do projeto possibilita que a gente tenha acesso a um maior conhecimento sobre educação fiscal. Esse aprendizado é refletido na nossa sala de aula com o que aprendemos aqui sobre educação fiscal e cidadania”. Ela conta que “os estudantes têm se mostrado mais curiosos, por exemplo, a respeito dos impostos e a importância do cuidado com o patrimônio público”.

 

Professora do Centro de Ensino Especial de Sobradinho, Giselle Rodrigues leciona para estudantes com deficiência intelectual. “Ensino a eles, por exemplo, como funcionam os impostos no comércio local. Hoje em dia, eles entendem melhor o que são tributos e até mesmo estão acompanhando a vida financeira da escola. Então está sendo uma coisa mágica ver esse aprendizado acontecendo”, afirma. Giselle acrescenta que a formação continuada que recebe na participação no projeto é fundamental: “São os professores que cuidam do futuro das nossas crianças, então essa capacitação mostra o cuidado tanto com o professor quanto com o aluno e sua família”.

 

O professor Vanderlei Cintra, do Centro Educacional 104 do Recanto das Emas, atua no ensino médio. Ele explica que nessa faixa etária os estudantes desenvolvem uma compreensão cada vez mais aprofundada sobre cidadania e o papel dos impostos para a sociedade. Segundo o professor, “depois da participação nas ações do projeto, eu passei a entender ainda mais sobre o assunto. Além de professor, eu sou um cidadão, e, diante disso, posso inclusive fazer o controle social onde moro e ensinar isso cotidianamente para os meus alunos”, afirma Vanderlei.

 

Próximas etapas

 

 

No segundo semestre deste ano, as equipes de coordenação do projeto estão dando continuidade à segunda fase da formação dos professores e à aplicação prática das etapas do projeto nas escolas junto com os estudantes. “Vamos desenvolver atividades de educação fiscal na sala de aula com os estudantes, aplicar dinâmicas sobre educação fiscal e auditoria pedagógica na escola e, também, trabalhar com eles noções básicas de produção audiovisual para que possam construir vídeos artísticos sobre os temas relacionados à educação fiscal para apresentação coletiva em uma live no YouTube”, explica Diego Wannucci.

 

Também são previstas ações de construção de projetos pedagógicos e interventivos para que os professores possam desenvolvê-los nos projetos político-pedagógicos das escolas e um encontro presencial para entender os fundamentos legais. Outra etapa do projeto é entregar uma proposta de um projeto de lei organizado pela equipe escolar para estimular este mecanismo de exercício da cidadania.

 

*Com informações da Seec

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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