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Família fala sobre experiências das filhas no programa Pontes para o Mundo

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As gêmeas Lara e Larissa contam suas experiências na Inglaterra à mãe

Por Fernando Jordão, da Agência Brasília | Edição: Ígor Silveira

 

 

Da sala de casa, no bairro Vila Nova, em São Sebastião, dona Marly Alves abre diariamente o celular para fazer uma chamada de vídeo com as cidades de Cambridge e de Chester, na Inglaterra. A tecnologia, é claro, é que tem possibilitado essa conexão em tempo real com qualquer parte do planeta. Mas o fato de ter contatos do outro lado do Atlântico só foi possível pelo programa Pontes para o Mundo, do Governo do Distrito Federal (GDF), que enviou as duas filhas gêmeas de Marly para o Reino Unido.

 

“A gente liga todo dia. O horário é difícil, porque elas estudam o dia todo e, quando elas chegam, eu estou no trabalho. Mas dá para falar um pouquinho na hora que eu chego, que já é hora delas dormirem”, conta a educadora social, que nunca havia passado tanto tempo longe das filhas: “Elas fazem vôlei em um time aqui de São Sebastião e uma vez ficaram cinco dias em Minas, eu quase morri. Agora são três meses, meu Deus do céu.”

 

Do lado de lá, a saudade também é presença marcante. Mas, além da tecnologia, o aprendizado constante ajuda a amenizar a distância. “Sinto falta, mas é bom para a gente crescer e para aprender mais coisas“, resume Lara Alencar, 16 anos. “Me tornei uma pessoa muito mais independente. Eu nunca saía de casa sozinha, estava sempre acompanhada, seja pela Lara, seja pela minha mãe ou meu pai. Agora, isso não é mais um problema para mim“, emenda Larissa Alencar.

 

O objetivo do Pontes para o Mundo é exatamente proporcionar todo tipo de conhecimento — tanto aqueles obtidos na escola quanto as lições que os alunos aprendem ao morarem sozinhos em um país novo. Graças ao programa, 102 estudantes estão tendo a oportunidade de viver essa imersão, que vai durar três meses, com tudo pago.

 

E haja coisa para conhecer. Ambas se impressionaram com as diferenças culturais — os brasileiros, afirmam, são mais “calorosos“. Lara destaca a arquitetura de Chester: “A primeira coisa que fiz foi ir ao centro, ver a cidade toda. É muito diferente”. Também tem gostado da vivência em inglês.É melhor aprender aqui, porque fala toda hora, não tem como não aprender.

 

Já Larissa percebeu uma diferença na iluminação de Cambridge. “As ruas são mais escuras. As luzes não são tão vibrantes quanto no Brasil, eles focam mais em um ponto fixo na rua e acaba não iluminando tanto“, descreve. E relata estar na expectativa para ver a neve pela primeira vez: “A previsão diz que vai nevar semana que vem. Estou torcendo“.

 

Perto do fim da experiência — as formaturas estão marcadas para a próxima semana —, as gêmeas fazem coro ao avaliarem o impacto positivo do programa. “Acho que superou minhas expectativas. Eu vim para cá com muito medo e, quando cheguei, percebi que era melhor do que estava esperando. Gostei muito, de verdade. Voltaria todo ano se pudesse“, aponta Lara.

 

“Gosto muito da cidade, gosto muito das pessoas, das amizades que fiz, são pessoas que quero levar para o resto da vida. Os professores são ótimos, eles têm o cuidado de nos incluir nas coisas e eu adoro isso. Se pudesse, queria ter a experiência de fazer outros intercâmbios futuramente. E quero que outras pessoas tenham essa oportunidade, porque eu acho que é ótimo, você cresce como pessoa”, completa Larissa.

 

Por aqui, dona Marly projeta um futuro promissor para as filhas. “Para o crescimento delas, vai ser muito bom. Elas já são umas meninas espertas, já fazem inglês, mas, agora, aprendendo lá, vão chegar falando tudo. Vai ser bem melhor para entrar no mercado de trabalho, pelo inglês e por uma experiência dessa“, ressalta.

 

A mãe também já tem tudo pronto para a hora da volta, marcada para 4 de dezembro. “Reformamos a casa para ver se o tempo passava e eu não sentia tanta falta. Agora que está perto parece que está demorando mais. Estou naquela contagem regressiva. Elas dizem que querem que eu faça comida. Eu falo: ‘Como vou fazer comida e buscar vocês [no aeroporto]?’. Mas eu vou preparar uma jantinha, sim“, arremata, aos risos.

 

O programa Pontes para o Mundo tem o objetivo de proporcionar vivências acadêmicas, culturais e de inovação em instituições de ensino do Reino Unido. 

 

Vivência

 

Instituído em maio pela Secretaria de Educação, o Pontes para o Mundo tem o objetivo de proporcionar vivências acadêmicas, culturais e de inovação em instituições de ensino do Reino Unido. Ter boas notas na escola e falar outro idioma estão entre os pré-requisitos para participar do programa. Durante a estadia, os estudantes ficam em escolas parceiras, com rotina definida conforme o calendário local e atividades que vão além da sala de aula, como visitas técnicas e culturais e encontros com orientadores.

 

A partir do próximo ano, o Pontes deve contar com mais vagas — um total de 400 —, além da expansão para outros países, como Japão, Alemanha e Espanha. A novidade foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha, que indicou ainda o envio de um projeto de lei para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para transformar a iniciativa em um programa permanente. Segundo o chefe do Executivo, o projeto é uma das inúmeras iniciativas deste GDF em prol de uma educação de qualidade.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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