A partir de 1º de maio, a Caesb entrará no Mercado Livre de Energia. A empresa inicia a migração do mercado cativo para o mercado livre, ambiente em que pode adquirir a energia diretamente das empresas geradoras ou comercializadoras. Com a medida, a economia será de R$ 54,5 milhões anuais.
“A perspectiva é economizar R$ 200 milhões ao longo de 44 meses, com a redução de 35% das despesas de energia elétrica da Companhia. Trata-se de uma importante medida para a racionalização dos recursos da empresa, afinal uma das maiores despesas do setor de saneamento é a energia elétrica, utilizada em todas as etapas dos processos para o tratamento de água e de esgoto”, explica o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. No ano passado, a companhia gastou mais de R$ 190 milhões em energia elétrica, o equivalente a 290.651.004 kWh consumidos em todas suas instalações.
A energia elétrica é necessária desde a captação da água nos mananciais, passando pelas elevatórias que a transportam para o tratamento nas estações e, na sequência, a distribuição até os imóveis de cada um dos moradores atendidos. Após a produção de esgoto nos imóveis, a energia é necessária para o tratamento e para a destinação final dos efluentes.
Neste mês, a Caesb, em parceria com a Neoenergia e a América Energia, realizou o comissionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Recanto das Emas, ao substituir o medidor de energia por um novo já com as funcionalidades do Mercado Livre de Energia.
O diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges Pereira, apresentou o cronograma das próximas unidades que migrarão para o mercado livre. “Nosso levantamento mostrou que dez unidades representam 75% dos nossos gastos de energia. Por isso, migraremos os sistemas das estações de tratamento de esgoto (ETEs) Sul, Norte e Melchior, Estação de Tratamento de Água (ETA) Brasília, Lago Norte e Rio Descoberto, Elevatória de Água Tratada Taguatinga Sul e Elevatórias de Água Bruta Torto e Rio Descoberto ao longo deste ano”, pontuou.
Mercado Livre de Energia
Os grandes consumidores de energia elétrica podem adquirir energia diretamente das empresas geradoras. Com isso, é possível reduzir os custos incorporados pelas distribuidoras de energia, dentro do Ambiente de Contratação Livre (ACL), segmento do mercado no qual se realizam as operações de compra e venda da energia elétrica. Essas operações são objetos de contratos bilaterais livremente negociados, conforme regras e procedimentos de comercialização específicos.
*Com informações da Caesb
Fonte: Agência Brasília