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Setembro Verde: MinC e UFBA divulgam dados preliminares do Mapeamento Acessa Mais

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Durante o Setembro Verde, momento em que se dá visibilidade à luta pelos direitos sociais e culturais das pessoas com deficiência, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) divulgam dados preliminares do Mapeamento Acessa Mais. Às vésperas do Dia Nacional de Luta, celebrado no próximo dia 21, o estudo chama atenção pela grande participação: entre as categorias de artistas com deficiência, agentes culturais com deficiência e profissionais da acessibilidade cultural com e sem deficiência, foi possível perceber a somatória total de 3.476 respostas, sendo 62,5% de respondentes com deficiência e 37,5% sem deficiência.  

Os dados preliminares apontam, ainda, que se cadastraram 1.700 artistas com deficiência; 340 agentes culturais com deficiência; 1.444 profissionais da acessibilidade cultural com e sem deficiência. Desse último, dos 1444 respondentes, 291 se autodeclaram pessoa com deficiência, ou seja, 20% do total. 

A organização do estudo sinaliza, no entanto, que o total de pessoas participantes não é o mesmo do montante de formulários respondidosuma vez que uma mesma pessoa poderia responder mais de um formulário correspondente às categorias específicas que foram mapeadas. 

Edu O., coordenador do Projeto-Ação, que tem origem em um Termo de Execução Descentralização (TED) entre o MinC e a UFBA, frisa que o resultado preliminar do Mapeamento Acessa Mais revela pontos referentes às lacunas que necessitam de maior atenção.  
 
“Por outro lado, aponta também surpresas positivas e a certeza de que existem muitas pessoas com deficiência ocupando os mais diversos espaços da cadeia de produção cultural brasileira. Aquela afirmação que eu fazia no início do projeto de que contribuímos, há muitos séculos, para a cultura do nosso país, se confirma com a análise dos dados. Precisamos de mais investimentos para conseguirmos adentrar ainda mais nos territórios mais recônditos”. Os dados foram coletados pela equipe de tecnologia coordenada por Amanda Lyra e estão sendo analisados por Stephanie Santos.  

Acessibilidade Cultural  

“Quando atuamos nas políticas culturais, estamos falando de acessibilidade cultural, cultura DEF e cultura do acesso, compreendendo as pessoas com deficiência como sujeitas dos processos de criação, produção, circulação, difusão e formação. Ou seja, essas pessoas são artistas, produtoras, gestoras e agentes culturais que já atuam ou que possam vir a atuar no campo das artes e da cultura, afirma o secretário de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli) do MinC, Fabiano Piúba.   

O produto dessa pesquisa será um importante material de pesquisa para elaboração de políticas futuras de incentivo e fomento à Cultura DEF e à Acessibilidade Cultural, bem como de reafirmação e reconhecimento da contribuição das pessoas com deficiência no meio cultural”, afirma a coordenadora de Acessibilidade Cultural da Sefli, Aline Zeymer  

Para ela, mesmo com a subnotificação tanto do Mapeamento Acessa Mais quanto dos agentes cadastrados no Mapas Culturais que totalizam hoje 139.054 agentes culturais, o número alcançado, afirma ela, no mapeamento de 3.476 cadastros representa cerca de 3% dos agentes culturais cadastrados no Mapas Culturais. “Mostrando que esse seguimento tem participação na movimentação da nossa cultura e da economia criativa brasileira, mesmo enfrentando inúmeras barreiras. Portanto urge o incentivo, o fomento e a qualificação desse setor, considerando que, conforme o último censo do IBGE, de 2022, a população de pessoas com deficiência representa cerca de 8,5% da população brasileira, finaliza.  
 
O estudo traz ainda, de forma macro, que os respondentes estão presentes:  38% na região sudeste, 33% na região nordeste, 12,5% na região sul, 9,9% Centro-Oeste e 7,2% Norte. Destaque também para as seguintes informações: 14,8% dos artistas são da área do teatro, 12,4% são da música, 10,7% são das artes visuais, 10,7% são da dança, 10,4% são do audiovisual, 9,4% são da literatura, 8,3% de performance, 8,2 de cultura popular, 6,8% de artesanato e 2,2% de circo, outros 6% atuam em outras áreas. 

Dentre os agentes culturais, as principais áreas respondidas foram: 13,2% na área de audiovisual, 11,7% no teatro, 11% nas artes visuais e 10,7% na área de cultura popular. Quando olhamos para os profissionais de acessibilidade, destacam-se as atuações principais como: 20% em Consultoria em acessibilidade, 19% na Mediação cultural, 15% como intérprete de libras e 11% atuam como roteiristas de audiodescrição. 

O Mapeamento Acessa Mais encerrou, em fevereiro de 2025, a fase de levantamento nacional com um total de 3.498 cadastros, um marco importante para o reconhecimento da participação das pessoas com deficiência na cultura do Brasil. O projeto identificou os profissionais em todo o país com o objetivo de fomentar a criação de políticas públicas que valorizem a cultura DEF, cultura produzida por pessoas com deficiência, além de ampliar a acesso à cultura. O cadastro dará base para elaboração de políticas de formação artística para qualificar, incentivar e ampliar o mercado.



Fonte: Ministério da Cultura

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