31.5 C
Brasília
- PUBLICIDADE -
InícioBrasilCulturaNo Rio de Janeiro, seminário aborda a preservação do patrimônio cultural em...

No Rio de Janeiro, seminário aborda a preservação do patrimônio cultural em tempos de crise

Publicado em

Entre os dias 22 e 26 de setembro, o 6º Seminário Estadual para Preservação dos Bens Móveis e Integrados reuniu especialistas, representantes de instituições e da sociedade civil para debater os desafios e estratégias de conservação do patrimônio cultural no Rio de Janeiro (RJ). Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o encontro destacou os riscos que ameaçam a memória coletiva em tempos de intolerância e apagamentos.  

Foto: Oscar Liberal/Iphan

A abertura aconteceu na Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro, com uma mesa composta por representantes das três instituições organizadoras, além do Centro Lucio Costa e do Sítio Roberto Burle Marx, unidades especiais do Iphan. A programação incluiu palestras, debates e visitas guiadas, entre elas ao edifício histórico Docas de Santos, que abriga a sede da autarquia no estado.  

Nos dias 23, 24 e 25, as atividades aconteceram no Pavilhão Arthur Neiva, no campus Manguinhos da Fiocruz, com temas que abrangeram desde coleções indígenas, biológicas e científicas até documentos da ditadura, espaços de memória, resistência e engajamento comunitário. Entre os destaques, estiveram discussões sobre o processo de tombamento de prédios históricos como o DOPS e a preservação da Igreja São Daniel Profeta, localizada na favela de Manguinhos, tombada a nível estadual. 

Para a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patricia Wanzeller, o seminário reafirmou a importância do patrimônio cultural como bem essencial à sociedade. “Os momentos de crise colocam à prova nossa habilidade de proteger a memória coletiva. Neste contexto, é fundamental promover a cooperação entre instituições e engajar a sociedade na preservação de nossos bens culturais”, afirmou a superintendente. 

O diretor-geral do Inepac, Kiko Brando, destacou que o seminário é uma celebração do compromisso com a história. “Este evento transcende a troca de conhecimento, celebrando a preservação da identidade e dos bens que registram a trajetória dos povos que formaram o estado do Rio”, concluiu Brando.  

Já o diretor da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Marcos José Pinheiro, reforçou que “o evento fortalece a resistência e garante a continuidade da valorização das memórias frente às múltiplas ameaças que as afetam”.  

Foto: Oscar Liberal/Iphan
Foto: Oscar Liberal/Iphan

O seminário foi encerrado no dia 26 com uma visita guiada ao Sítio Roberto Burle Marx, onde os participantes puderam conhecer os acervos e coleções do próprio Burle Marx, considerado um dos maiores paisagistas do mundo. O sítio, tombado desde 1985, reúne plantas tropicais, obras de arte e projetos paisagísticos. Em 2021, o local foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco.  

Realizado pela primeira vez em 2011, o seminário já passou por cidades como Petrópolis, Vassouras e Campos. Após um período de pausa, o evento retornou à programação do estado graças a um Termo de Cooperação Técnica assinado em 2024, entre Iphan e Inepac, destacando a importância da preservação dos bens móveis e integrados para a memória e diversidade cultural do Rio de Janeiro.



Fonte: Ministério da Cultura

Comentários

- PUBLICIDADE -

Últimas notícias

- PUBLICIDADE -

Você pode gostar