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Escolas livres em diálogo com saberes e fazeres do campo e das florestas

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Experiências em agroecologia, vivências com os povos indígenas e quilombolas, cultura do campo e das florestas, produção de biojóias, debates sobre o clima e a sustentabilidade. Esses são alguns exemplos de ações formativas que têm sido ofertadas Brasil afora por meio da Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura. 

A iniciativa tem proporcionado um enlace entre cultura e meio ambiente por meio de oficinas realizadas por entidades da sociedade civil, fazendo nascer, nas cinco regiões, diversas metodologias e possibilidades de aprendizagem nos territórios, de aproximação com os saberes e fazeres tradicionais e populares. Uma política pública do Ministério da Cultura (MinC), desenvolvida pela Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), que conta hoje com 68 organizações.  

A Rede Nacional de Escolas Livres, com as suas 68 escolas livres em atuação, tem oferecido diversas trilhas de contatos com as artes e a pauta ambiental nesse encontro potente com as naturezas e as manifestações vindas do barro do chão, com os conhecimentos de mestres e mestras nos seus territórios, sejam em comunidades rurais, em quilombos, em terreiros, nas terras indígenas, nas beiras e recantos desse Brasil diverso. Com a participação ativa da população, essa rede tem ofertado cursos e oficinas em diversas linguagens artísticas, a citar algumas: o artesanato, a música, o teatro, o circo, a dança, as artes visuais, e muito mais, para públicos de diferentes idades e origens, incluindo crianças, jovens, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. 

Confira ações listadas e organizadas de entidades que atuam com cultura e natureza:  

Em Goiás, a Comunidade Educacional de Pirenópolis (Coepi) tem atuado com ações de formação com um olhar na agroecologia e no meio ambiente. Na entidade, estão sendo realizadas, com o fomento do MinC, 12 oficinas, que acontecem semanalmente, na sede ou em escolas do município. A população tem tido acesso aos cursos de Agroecologia, Capoeira Angola, Dança Contemporânea, Dança Afro, Viola Caipira, Cerâmica, Mosaico, Macramê, Maracatu, Serigrafia, Audiovisual. Destaque para as visitações ao museu Oca da Terra. Saiba mais: Instagram @coepi.piri.

Em Vilhena, Rondônia, A Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica oferta à população ações de formação em Culturas Indígenas e Quilombolas. Uma das novidades tem sido a realização, por meio da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, da oficina de fotografia Amazônia em Foco, destinada a alunos da Comunidade Quilombola de Santa Cruz em Pimenteiras do Oeste e Vilhena. A formação deve seguir nos meses de novembro e dezembro com aulas teóricas e práticas. Ao final, os 50 alunos estarão capacitados para capturar a biodiversidade e a cultura amazônica, receberão certificação e poderão expor suas fotos em uma linda exibição cultural. Saiba mais: Instagram @escola_diversidade_amazonica.  

Na Amazônia, na Vila Céu do Mapiá, a Escola Jardim da Natureza, do Instituto Nova Era, está promovendo, no mês de novembro, dentro do Projeto Encantar da Floresta, a Oficina de Desenho e Pintura. A formação atende jovens moradores interessados em desenvolver suas habilidades artísticas no aprendizado de técnicas de desenho e pintura. O objetivo da atividade é a valorização da flora e fauna local, e serão realizadas caminhadas na floresta para identificação das espécies, colheita de informações e material fotográfico que servirá de base para a realização das obras. O curso possibilita a integração dos artistas locais, estimular a criatividade e sensibilidade artística, incentivar a parceria com outros setores da comunidade e a geração de renda através da arte. Saiba mais: Instagram @escolajardimdanatureza.  

No Pará, em Altamira, a Associação Indígena Berê Xikrin trabalha com formações na área de Artesanato sustentável e Biojóias. São mulheres que se organizam visando resgatar e fortalecer a valorização da cultura indígena e criar meios para sua sustentabilidade. Ofertam, para a comunidade, oficinas diversas, a citar: precificação e agregação de valores nos produtos de costura e de artesanato sustentável e biojoias. Saiba mais: Instagram @associacaoberexikrintibacaja.  

No Paraná, em Inácio Martins, a Associação Comunitária de Mulheres Rurais Casa da Cultura Goes Artigas, realizou, em outubro, omódulo do Curso de Formação em Arte e Cultura: saberes e resistências dos povos do campo da Floresta de Araucária. Durante a atividade foi possível conhecer um pouco mais sobre a história e a resistência dos quilombos no Brasil, destacando a realidade dos povos quilombolas no Paraná. A ação tem o objetivo de vivenciar, fortalecer e aprofundar os conhecimentos sobre saberes e práticas culturais dos povos do campo da região da Floresta de Araucária, e formar agentes de cultura para promover a diversidade cultural, como ferramenta para o desenvolvimento sustentável dos territórios. Saiba mais: Instagram @casadacultura.goesartigas.  

As Escolas Livres foram selecionadas em 2023, via edital, organizadas em rede, e atuam em variadas linguagens da arte e da cultura. São instituições que estão desenvolvendo tecnologias socioculturais e educativas, experiências e práticas, gerando impactos sociais nos territórios onde atuam. 

“Não há educação sem cultura. Ambas caminham em nossas vidas e devem andar juntas como políticas integradas. Dessa confluência, temos uma diversidade de espaços formativos que oferecem à sociedade civil atividades, por exemplo, em teatro, dança, circo, literatura, música, audiovisual, artesanato, culturas populares, afro-brasileiras e indígenas”, afirma o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.



Fonte: Ministério da Cultura

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