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“A CNIC contempla a diversidade do povo brasileiro”, celebra Margareth Menezes

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Com as presenças de três ministras, tomaram posse nesta terça-feira (15) os 20 integrantes da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), responsáveis por debater iniciativas de fomento a políticas culturais no Brasil. A chefe do Ministério da Cultura (MinC), Margareth Menezes, destacou o caráter plural do grupo e novidades, como espaço para contemplar povos indígenas, tratar de acessibilidade e combater preconceito.

“A CNIC contempla a diversidade do povo brasileiro. Aqui está representada a sociedade brasileira e também a sua voz na indicação de caminhos para a nossa política de fomento. Essa é a maior inovação da CNIC, contemplar, pela primeira vez, a diversidade do povo brasileiro e que também reflete novos rumos da política de fomento”, celebrou em seu discurso.

Outra novidade que a posse da CNIC traz é a transmissão, ao vivo, de suas reuniões, evidenciando o processo democrático juntamente com a transparência, diretrizes do governo federal.

O secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, Henilton Menezes, comemorou o “momento singular” de retomada do diálogo da sociedade civil com a cultura. Enalteceu os positivos números da cultura, representando 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) e empregando mais de sete milhões de pessoas. “A cultura também move a economia brasileira”, salientou.

Também presente no evento estava Bárbara Rouanet, esposa do ex-ministro da cultura, Sérgio Paulo Rouanet, criador da Lei de Incentivo à Cultura, em vigor desde o começo da década de 1990. A filha do casal, Adriana Rouanet, enviou um depoimento exibido em telão, no qual destaca a movimentação econômica gerada pela Lei Rouanet, ao longo de 30 anos.

Juliana Xukuru, representante da população indígena na CNIC, discursou em nome dos colegas de Comissão e defendeu o direito dos brasileiros contarem suas histórias com suas próprias narrativas, assegurando preservação do passado e construindo caminho de salvaguarda da memória do futuro.

A intolerância aos artistas brasileiros deu a linha do discurso feito por Maria Mariguella, presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte). “Artistas foram acusados de locupletarem a coisa pública. Não podemos tolerar insultos aos artistas. Os agentes de cultura são o meio pelo qual a cultura se manifesta”, defendeu. Assim como ela, a secretária de Audiovisual (SAV) do MinC, Joelma Gonzaga, fez votos de excelentes mandatos aos empossados. “Será uma honra caminhar ao lado de vocês”, pontuou.

A ministra dos Povos Indígenas (MPI), Sônia Guajajara, e a ministra de Igualdade Racial (MIR), Anielle Franco, participaram da solenidade e também ressaltaram a importância da representação da diversidade brasileira na Comissão, que trabalha até julho de 2025. Anielle relatou ter frequentado bailes funk, na Favela da Maré (Rio de Janeiro) com sua saudosa irmã, a ex-vereadora Marielle Franco. “Demorei a entender como aquilo movimentava a economia na Maré”, disse em referência à relevância da cultura na geração de emprego e renda.

Já Guajajara destacou a vida contemporânea brasileira, com povos indígenas com grande relevância artística nas áreas de audiovisual, de campo acadêmico, de moda, entre outras áreas. “Nunca mais um Brasil sem nós (indígenas)”, conclamou sob efusivos aplausos.

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Fonte: Ministério da Cultura

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