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Chorume remanescente do antigo Lixão será tratado no Aterro Sanitário

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O edital do pregão eletrônico para contratação de empresa especializada para execução dos serviços de sucção por bombeamento do resíduo na Unidade de Recebimento de Entulhos (URE) já foi publicado

Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

O antigo Lixão da Estrutural foi fechado em 2018 e no mesmo espaço foi instalada a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), gerenciada pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Entretanto, mesmo cinco anos após o fechamento do Lixão, ainda há na área chorume que faz parte do passivo ambiental, gerado por quase seis décadas de uso do local como um depósito de lixo. “Hoje o resíduo depositado aqui na URE nós chamamos de inerte, que não gera gás nem chorume. Porém, estamos finalizando uma fase interna de licitação e, provavelmente no primeiro semestre deste ano, já estaremos transportando e tratando pela primeira vez esse chorume do antigo Lixão”, explica a chefe da Unidade de Medição e Monitoramento (Umemo) do SLU, Andréa Almeida.

No início deste mês, o SLU iniciou o Pregão Eletrônico nº 3 para contratação de empresa especializada para execução dos serviços de sucção por bombeamento de chorume na URE e transporte e descarte em lagoa de acumulação do Aterro Sanitário de Brasília. Atualmente o processo licitatório está com o edital publicado. As propostas das empresas interessadas poderão ser enviadas até o dia 27 de março. A expectativa é de que a escolha da contratada ocorra no mês de abril. “A intenção com a contratação deste serviço é para que diminua a infiltração do chorume no lençol freático da área do antigo Lixão, até que seja contratada empresa especializada na elaboração dos estudos de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC). O chorume não será mais recirculado no maciço, mas sim levado à estação de tratamento no Aterro Sanitário”, destacou a chefe da Unidade Geral Técnica (Ugtec) do SLU, Fernanda Ferreira.

A Unidade de Recebimento de Entulhos (URE) conta com o apoio de uma empresa especializada que promove estudos de monitoramento, além de manutenção e prevenção de riscos do local. Também atua na URE o corpo técnico do SLU, formado por engenheiros civis, ambientais e de trabalho, além de biólogos | Foto: Roberto Lopes/SLU

Até o primeiro semestre deste ano, o SLU deve finalizar os procedimentos para a contratação de empresa especializada na elaboração dos estudos de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) da URE. Exigida por órgãos ambientais, a documentação resultante vai complementar os estudos já feitos pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e permitirá a elaboração de um plano de execução para recuperação da área onde funcionou o maior lixão da América Latina durante mais de cinco décadas.

Novos planos

A URE conta com o apoio de uma empresa especializada que promove estudos de monitoramento, além de manutenção e prevenção de riscos do local. Também atua no local o corpo técnico do SLU, formado por engenheiros civis, ambientais e de trabalho, além de biólogos.

Estudos do SLU preveem a vida útil remanescente da unidade em cinco anos, contados a partir de abril de 2022. Enquanto a URE segue em funcionamento dentro dessa perspectiva de vida útil, o SLU tramita um processo licitatório para a contratação de estudos de novas áreas com vistas à instalação de um aterro para receber resíduos da construção civil (RCC). Após esse contrato, será dado sinal verde para implantação, operação e manutenção da nova área.

Reaproveitamento

A nova área vai permitir também ampliar o reaproveitamento desse tipo de material. Hoje existe instalado um britador na URE que permite transformar diversos materiais recebidos em subprodutos da construção, como areia, rachão e brita.

“O local ainda tem capacidade de funcionamento por até quatro anos, mas nós do SLU queremos antes disso entregar uma nova área totalmente adequada para esse tipo de operação, cumprindo todos os requisitos legais e ambientais”, adianta o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira.

A URE possui processamento mensal de mais de 123 mil toneladas de material, que é posteriormente convertido em RCC. Parte desse material é utilizado para melhorar a trafegabilidade dentro da própria URE, enquanto outra parte é doada a entidades públicas, especialmente administrações regionais, para ser utilizada em obras como pavimentação de vias e melhoria de ramais.

*Com informações do SLU

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