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Crianças da CEAL/LP visitam a Transitolândia

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A Escola Vivencial de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) recebeu, na manhã da última quinta-feira (19), a visita de 24 crianças do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (CEAL/LP).

 

O CEAL/LP é um estabelecimento de saúde filantrópico, habilitado pelo Ministério da Saúde como Centro Especializado em Reabilitação II – Modalidade Auditiva e Intelectual e tem por objetivo garantir assistência à saúde aos usuários, em todos os ciclos de vida, com deficiência auditiva, intelectual e com transtorno do espectro do autismo.

 

O centro atende, atualmente, crianças entre 6 e 10 anos de idade, com nível de comprometimento auditivo médio a profundo (total). Todas as crianças atendidas pelo CEAL/LP têm implante coclear, que estimula o nervo auditivo, tornando-os de totalmente ou parcialmente surdos em surdos oralizados, que possibilita que as crianças sejam alfabetizadas oralmente, e não em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

 

A professora responsável pelo projeto Bloco Inicial de Alfabetização (BIA) do CEAL/LP, Rita Gabriela Sauguellis, comentou a importância de inserir os alunos no universo lúdico.

Segundo ela, os pequenos, que estão em processo de construção de audição e linguagem, também podem se tornar disseminadores de informação sobre o assunto com seus familiares e amigos, tornando-se agentes ativos do trânsito.

 

“É muito importante que a gente possa trazer as crianças para este tipo de vivência, porque é uma maneira de concretizar a aprendizagem. Nossas professoras trabalharam recentemente este tema trânsito com nossos alunos e quando surgiu a oportunidade de trazê-los para vivenciar vimos uma oportunidade muito rica, porque possibilita que eles se apropriem do conhecimento na prática e saiam da sala de aula para ter a experiência real”, disse Rita.

 

 

O agente de trânsito rodoviário, Marcio Claudino Bessa acompanhou, entusiasmado, a visita das crianças á escola. Mas o acompanhamento não foi por motivo de trabalho, mas para presenciar a visita da filha, Isabela, que é aluna do CEAL/LP.

 

“Para a Isabela, que nasceu deficiente auditiva, com perda bilateral de 90 a 100 decibéis e que foi implantada, é importante essa experiência para que ela se sinta, de fato, cidadã. Uma cidadã completa, que ouve, fala e escreve e agora vivencia o que aprende no centro”, disse o pai, satisfeito.

 

A pequena Maria Júlia, de 10 anos, foi chamada pela equipe de teatro no momento da peça e participou da encenação.

 

“Estou muito feliz em poder mostrar que eu consigo fazer o sinal de vida para passar na faixa de pedestres, assim como o faixa (personagem do teatro) ensinou. É bem legal!”, comentou.

 

 

Expansão do projeto

 

A visita dos alunos do CEAL/LP foi inédita, tendo sido a primeira turma exclusivamente de crianças com algum tipo de deficiência. A Transitolândia atende a escolas públicas e particulares com turmas mistas, com crianças cadeirantes e autistas, por exemplo, mas esta foi a primeira turma inteiramente composta por alunos surdos oralizados.

 

A diretora de educação de trânsito, Graziela Portela, pretende expandir o projeto de inclusão de crianças com deficiência na grade de visitas de escolas à Transitolândia.

 

“Temos um projeto em andamento não só para melhorar a adaptação e a acessibilidade da nossa escola, mas a questão audiovisual também, que atenda a necessidade dos autistas, que não lidam bem com som alto, então temos que alterar a acústica do anfiteatro para que eles se sintam confortáveis, vamos disponibilizar fones para eles, instalar totens eletrônicos para facilitar a atenção também das crianças com TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade), entre outros”, concluiu a diretora.

 

O presidente do DER/DF, Fauzi Nacfur Junior, aprovou a visita das crianças do centro à escola e declarou total apoio aos projetos inclusivos.

 

“O DER/DF não é apenas um órgão executor de obras viárias. Nós temos também nossa parte de trânsito, e, nesta parte, uma das nossas prioridades é educar o cidadão, tanto adulto, quanto criança, para um trânsito seguro. E nessa prioridade entra a inclusão de crianças com deficiência. Todos podem e devem participar do trânsito”, afirmou o presidente.

Fonte: DER – DF

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