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Seminário incentiva hábitos alimentares equilibrados nas escolas

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Evento apresentou experiências bem-sucedidas para a educação alimentar

Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF

 

 

O VII Seminário sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do Distrito Federal, realizado na última segunda-feira (10) pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), reuniu gestores, nutricionistas, professores e representantes da rede pública e privada para discutir boas práticas e políticas voltadas à alimentação equilibrada no ambiente escolar.

 

O encontro, sediado no auditório da Escola de Saúde Pública do DF (ESP/DF), contou com palestras de nutricionistas do Programa de Alimentação Escolar (PAE) do Tocantins, apresentações, o lançamento de uma série de videocasts educativos e a premiação das experiências exitosas em Educação Alimentar e Nutricional (EAN) .

 

A assessora especial da Subsecretaria de Apoio às Políticas Educacionais (Suape) da SEEDF, Patrícia Lacerda, apontou a importância de compartilhar experiências bem-sucedidas nas redes pública e privada de ensino. Segundo Patrícia, o seminário marca o encerramento de um ciclo de intenso trabalho e cooperação.

 

Este é o momento de reunir todos os parceiros dessa caminhada para apresentar o que foi construído, os desafios superados e os avanços alcançados. Fizemos muito ao longo do ano e continuaremos fazendo ainda mais”, concluiu.

Orientações para uma alimentação saudável

 

A presidente do Fórum sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do DF e nutricionista da SEEDF, Nayara de Menezes, ressaltou que o seminário faz parte de um movimento contínuo de fortalecimento das ações da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) nas unidades escolares. “Este é um espaço de articulação entre diferentes setores do governo e da sociedade civil, que trabalham juntos para garantir que a alimentação saudável esteja no centro das práticas educativas e das escolhas diárias das comunidades escolares”, destacou.

 

Nayara lembrou que o Fórum foi instituído por decreto em 2015, em conformidade com a Lei Distrital nº 5.146/2013, que estabeleceu diretrizes para o Programa de Alimentação Escolar (PAE). O espaço reúne representantes de diversos conselhos e órgãos públicos.

 

Nosso papel é promover a alimentação saudável nas escolas públicas e particulares do DF, regulamentando o que é comercializado nesses ambientes e estimulando ações educativas que vão além da merenda. O objetivo é valorizar boas práticas e inspirar mais escolas a desenvolver projetos que unam saúde, aprendizado e cidadania”, afirmou a nutricionista.

 

Horta em espaço de aprendizado

 

O projeto “Horta com Bases Agroflorestais da Escola Classe 12 de Sobradinho: Espaço Arco-Íris” foi um dos premiados na Mostra de Experiências Exitosas em Educação Alimentar e Nutricional, apresentada durante o seminário. A iniciativa, desenvolvida pela professora Íris Soares Lourenço, integra educação ambiental, alimentar e nutricional em um único espaço, transformando a horta escolar em um ambiente de aprendizagem, convivência e sustentabilidade.

 

Com o objetivo de aproximar os estudantes das ciências e dos saberes populares, o projeto incentiva a autossustentabilidade e o protagonismo da comunidade escolar. A horta agroflorestal tem promovido práticas saudáveis e o cuidado coletivo com o meio ambiente. “A experiência também estimula o envolvimento das famílias, fortalecendo vínculos e ampliando a consciência sobre alimentação saudável e preservação ambiental”, enfatizou a professora.

 

Os desafios da segurança alimentar

 

O pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e assessor técnico do Fórum sobre Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas do DF, Adriano Gomes, explicou que, durante o seminário, foi apresentado um manifesto originado de um movimento nacional para repensar os desafios da segurança alimentar no país.

 

Segundo ele, a fome passou a manifestar-se também nos centros urbanos, o que levou o governo federal a criar políticas específicas para esses territórios. “Em 2023, percebeu-se que a fome estava mudando de forma e, hoje, ela se entranha nas cidades. Por isso, foi criada a Estratégia Alimenta Cidades, uma política que reconhece a importância dos ambientes alimentares, como as escolas, na formação de hábitos saudáveis”, contou.

 

Adriano salientou que o texto orienta ações voltadas à educação alimentar e nutricional, à restrição de produtos ultraprocessados e à limitação da publicidade comercial no ambiente escolar. “O decreto depende da adesão dos estados, municípios e do Distrito Federal, que precisam adaptar às diretrizes federais às suas realidades locais. Aqui no DF, queremos garantir que as políticas cheguem de forma efetiva a todas as escolas”, afirmou.

 

A SEEDF já vem realizando um importante trabalho de atualização das leis relacionadas à alimentação escolar, e o manifesto consolida esse esforço. O documento foi elaborado de forma participativa e busca sensibilizar a sociedade. “Ele apresenta dados como o fato de que 25% das crianças do DF estão com sobrepeso, e nove em cada dez consomem alimentos ultraprocessados, o que evidencia uma relação direta entre consumo e adoecimento. Nossa expectativa é avançar na promoção da educação alimentar”, disse.

Avanços

 

A gerente de Supervisão Técnica e Educação Alimentar e Nutricional da Secretaria de Educação, Juliene Moura, destacou que o DF se mantém na vanguarda da alimentação escolar saudável graças às parcerias com a agricultura familiar. Segundo ela, o trabalho conjunto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria de Agricultura (Seagri) tem aprimorado a qualidade dos alimentos oferecidos aos estudantes e valorizado os produtores locais.

 

O DF vem construindo esse resultado há mais de dez anos, qualificando a agricultura familiar em parceria com diversas instituições. Hoje, já alcançamos 30% das compras com recursos federais provenientes da agricultura familiar, e, no próximo ano, esse número deve chegar a 45%, apenas com hortifrutis frescos. Isso fez os índices de consumo de ultraprocessados caírem drasticamente nas escolas”, ressaltou.

 

Juliene também destacou que o Fórum e o Seminário sobre Promoção da Alimentação Saudável reforçam a importância de estender essa qualificação às escolas particulares, garantindo um ambiente alimentar mais equilibrado em todo o DF. Ela explica que, enquanto as unidades públicas já aboliram cantinas comerciais, o desafio agora é proteger os estudantes do entorno e das redes privadas.

 

As escolas públicas têm avançado cada vez mais na oferta de alimentos naturais e nutritivos, mas queremos que as unidades particulares também sigam esse caminho. A alimentação saudável precisa ser uma cultura em toda a comunidade escolar, não apenas uma política da rede pública”, concluiu.

 

 

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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