A iniciativa já capacitou 1.564 adolescentes e 790 professores da rede pública
Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), em parceria com a Polícia Federal, deu um grande passo no combate aos crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual, crimes de ódio e outros que afetam o público infantojuvenil. Na última sexta-feira (14), foi assinado o Memorando de Entendimento do programa Guardiões da Infância, que já é desenvolvido desde 2024, capacitando profissionais da educação e adolescentes.
Com a assinatura do acordo, a secretária de Estado de Educação, Hélvia Paranaguá, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, firmaram a continuidade da parceria com o intuito de estabelecer diretrizes para a cooperação entre as instituições. Com isso, o programa já planeja novas ações para 2026.
Hélvia Paranaguá destacou a relevância desse documento para a comunidade escolar. “Este é um momento muito importante para nós, para a sociedade inteira, a começar pelas famílias, que precisam ser os primeiros guardiões das crianças. Protegê-los é um dever de todos, não só do Estado. Mas na ausência da família, nós temos que ir além e levar condição e capacitação para que os nossos profissionais de educação possam intervir junto a essas situações que têm se tornado corriqueiras, infelizmente, nas nossas escolas públicas, privadas e na nossa sociedade”.
Há mais de um ano, o programa Guardiões da Infância tem realizado capacitações para profissionais da educação e agentes envolvidos na proteção de crianças e adolescentes. Além de produzir materiais educativos e informativos sobre prevenção, identificação e respostas a situações de abuso, a iniciativa também conta com a realização de eventos voltados à conscientização e orientação da comunidade escolar.
Já foram realizadas 665 palestras com a formação de 43.168 pessoas. Na rede pública do DF, o projeto já formou 1.564 adolescentes e 790 professores. Atuando de forma voluntária, os policiais federais têm levado a cultura digital para as escolas e também para as famílias.
Compromisso com a proteção das crianças

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, falou sobre a urgência de firmar esse acordo. “Essa proposta simboliza o compromisso da PF e da SEEDF com a promoção da segurança e da defesa dos direitos humanos, num cenário em que os abusos a crianças e adolescentes se tornaram desafios urgentes, sobretudo no ambiente digital”.
Ele ainda complementa. “Grupos e indivíduos têm utilizado a internet e redes sociais como meio para disseminar intolerância, discriminação e violência. Diante desse contexto, a atuação da Polícia Federal torna-se cada vez mais estratégica e multidisciplinar, envolvendo não apenas a repressão penal, mas a prevenção e a educação digital”.
Na reunião, também estiveram presentes o diretor de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Otavio Margonari Russo, e a chefe da Assessoria Especial da Cultura de Paz nas Escolas, Ana Beatriz Goldstein. Ela explicou os próximos passos para 2026.
“A partir de março do ano que vem, nós vamos fazer um calendário integrado com orientações e formações para estudantes, profissionais e famílias. A intenção é que essas formações cheguem até os Centros de Referência de Assistência Social (CRA’s) e os Centros de Referência Especializado em Assistência Social (CREA’s), pois quando falamos que precisamos da família na escola, muitas vezes falamos de uma mãe solo que não pode estar na escola no dia a dia. Então, se a família não vem, nós vamos até ela”.


