Evento reuniu profissionais da educação e especialistas em saúde e prevenção
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, na segunda-feira (15), o 2º Ciclo de Prevenção à Dependência Química (CPDQ). O encontro ocorreu no auditório Neusa França, na sede da Pasta, e abordou os impactos do tabagismo e do uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como os cigarros eletrônicos, na saúde física, mental e no ambiente de trabalho. O evento acontece na Semana de Prevenção ao Uso de Drogas no DF, de 15 a 19 de setembro.
A subsecretária de Gestão de Pessoas (Sugep) da SEEDF, Ana Paula Aguiar, destacou que o enfrentamento ao tabagismo e às demais formas de dependência química exige a união de esforços entre diferentes órgãos do governo. “Hoje, temos a Diretoria de Qualidade de Vida e de Atendimento e Apoio ao Estudante, a Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) da Secretaria de Economia e a Secretaria de Saúde trabalhando juntas. Todos nós estamos engajados para enfrentar o tabagismo e o uso de drogas”, ressaltou.

Já a diretora de Assessoria de Qualidade de Vida e Bem-Estar no Trabalho (ASQVT) da SEEDF, Fernanda Patrícia Pereira, explicou que o ciclo integra o Programa de Saúde Mental no Trabalho e de Prevenção à Dependência Química (Prodeq), que tem como objetivo promover ações preventivas para profissionais da educação. “É um espaço de acolhimento e de orientação para que os servidores possam identificar riscos, conhecer estratégias de cuidado e fortalecer sua qualidade de vida no ambiente laboral”, afirmou.
O tabagismo e o uso de dispositivos eletrônicos ganhou relevância diante do dado do Boletim Epidemiológico de 2024 da Secretaria de Saúde do DF, que aponta a capital federal como a unidade da federação com maior consumo de cigarros eletrônicos entre adultos, com índice de 5,7%.
Programa de acolhimento
O psicólogo Paulo Eduardo Barcelos explicou que o Programa de Prevenção à Dependência Química é parte do Programa de Saúde Mental no Trabalho, instituído pela Portaria nº 1.120/2024, e está disponível para todos os profissionais da educação.
“É um espaço para o servidor que enfrenta problemas relacionados ao uso de álcool ou outras drogas ser acolhido, orientado e, quando necessário, encaminhado para a nossa rede de apoio, que inclui a Secretaria de Saúde, clínicas-escola, Subsaúde e grupos como Alcoólicos Anônimos”, destacou Paulo.
Segundo ele, o atendimento é sigiloso e pode ser solicitado de forma simples. “O servidor efetivo pode abrir o processo diretamente pelo SEI. Nosso objetivo é resgatar o papel profissional desses trabalhadores, inclusive em situações de vulnerabilidade social”, explicou o psicólogo. Ele acrescentou que os professores temporários podem entrar em contato pelo WhatsApp (61) 3318-2866 para a abertura de processo sigiloso internamente, garantindo o apoio a todos.
Palestras e debates
A Secretaria de Saúde do DF trouxe um panorama epidemiológico do tabagismo e as políticas públicas para conter o uso de cigarros convencionais e eletrônicos. A médica Amanda Sofia Mascarenhas, da Gerência de Promoção à Saúde do Servidor (Subsaúde), conduziu a palestra “Escolhas que Transformam”, abordando a influência do tabagismo nos hábitos de vida e na carreira profissional.
Amanda Sofia, reforçou que a mudança de hábitos é essencial para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. “Quando conseguimos reduzir ou eliminar o uso de substâncias tóxicas, como cigarro e vape, impactamos positivamente todos os outros pilares do bem-estar, como sono, alimentação, relacionamentos e desempenho no trabalho”, explicou a especialista, alertando para os riscos desconhecidos e potencialmente graves do uso de cigarros eletrônicos.

A psicóloga Anai Haeser Pena, da Diretoria de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Diase/SEEDF), falou sobre a prevenção ao uso de vape entre estudantes, e o impacto desse hábito no trabalho do docente. Anai chamou a atenção para o crescimento do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes, e as implicações para a escola e para a saúde pública.
“O vape já é considerado uma doença pediátrica, porque muitos jovens começam a usar esses dispositivos muito cedo e desenvolvem dependência química rapidamente. Nas escolas, usamos palestras gamificadas e o protagonismo estudantil para que os próprios alunos possam conscientizar os colegas e incentivá-los a buscar ajuda, tornando-os agentes de transformação”, explicou a psicóloga.
Compromisso institucional
Para a SEEDF, o evento reforça o compromisso com o bem-estar e a valorização dos servidores. “Quando cuidamos da saúde mental e prevenimos hábitos nocivos, estamos contribuindo para que o trabalho na educação seja mais saudável e produtivo”, completou a diretora da ASQVT, Fernanda Patrícia.
A Subsecretaria de Gestão de Pessoas e o Comitê Permanente do Programa de Saúde Mental no Trabalho da SEEDF estão à disposição para mais esclarecimentos pelo e-mail [email protected].