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Projeto NaMoral atende mais de 23 mil alunos de escolas públicas do DF

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Em expansão desde 2019, iniciativa trabalha cidadania e integridade em 70 unidades escolares

Por Thaís Umbelino, da Agência Brasília | Edição: Ígor Silveira

 

Os pilares de integridade e ética têm feito diferença na vida de mais de 23 mil estudantes das escolas públicas do Distrito Federal atendidas pelo projeto NaMoral. Em constante expansão desde 2019, quando foi lançada, a parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) alcançou neste ano a marca de 70 unidades atendidas em todo o DF, com o objetivo de fortalecer a cultura de paz dentro das escolas. O número é 20% maior que o contabilizado no ano passado, quando havia 58 escolas contempladas.

 

Quando os estudantes têm acesso a debates sobre ética, cidadania, integridade, empatia e responsabilidade, o reflexo é imediato no convívio diário e na relação com a comunidade escolar”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

 

Quando os estudantes têm acesso a debates sobre ética, cidadania, integridade, empatia e responsabilidade, o reflexo é imediato no convívio diário e na relação com a comunidade escolar.

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

 

A transformação do ambiente de ensino é feito por meio de jogos, rodas de conversa e missões, um processo de gamificação na educação com práticas educativas. “A gente começa a fazer o básico: pergunta para eles o que eles consideram importante, que mundo eles querem viver e aquilo vai criando uma responsabilidade neles”, afirma Marcos Paulo Teixeira, formador da Escola de Aperfeiçoamento de Professores da Educação (Eape) de Planaltina e Sobradinho da SEEDF.

 

 

 

Marcos ajuda com a ampliação do projeto para outras escolas por meio de capacitação e acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos professores das unidades de Planaltina e de Sobradinho. “Nessa expansão, muitas vezes a escola está com alguma dificuldade de começo ou não entende direito como fazer e o nosso papel como formador é pegar a experiência que nós vimos nas unidades e adaptar para a realidade de cada uma”, explica, reforçando a diversidade das unidades da Secretaria de Educação. “Temos escolas do campo, de gestão compartilhada, de unidade de internação e escolas integrais, então o projeto vai funcionar de forma diferente para cada uma”, pontua.

 

Para a promotora de justiça Fernanda Molyna, diretora-executiva adjunta do NaMoral no âmbito do MPDFT, o crescimento da iniciativa é motivo de comemoração: “A ampliação do NaMoral traz uma enorme esperança para todo o Distrito Federal no que se refere à promoção de valores e virtudes e à redução da violência, em todas as suas formas, nas escolas. Também é uma forma de estímulo ao desenvolvimento de talentos, competências e habilidades dos alunos. Ao acompanharmos a sua aplicação, vemos que o programa é tão transformador que notamos mudanças de comportamento que extrapolam o ambiente escolar e atingem toda a comunidade. O resultado final é capaz de promover mudanças não somente nos alunos, mas em toda a comunidade escolar envolvida”.

 

 

Primeira unidade de Planaltina a entrar desde o início do projeto, em 2019, o Centro de Ensino Fundamental 3 (CEF 3) tem impactado há dois anos a vida da aluna do 8º ano Ana Gabriella Vieira, 13. “Eu participo do NaMoral desde o sexto ano, e é muito bom saber que a gente pode atuar por muito tempo. É uma sensação de orgulho da gente mesmo e de sentir que conseguimos cumprir todas as missões”, comemora a jovem. Entre as atividades que a moradora de Planaltina já desenvolveu estão a de restauração, a de jovens talentos e a eleição de um super herói para representar a escola. “No sexto ano a gente restaurou o estacionamento, e no ano passado o banheiro”, relembra Ana.

 

Em seu primeiro ano no projeto, a inserção de Gustavo Henrique Santos, 14, estudante do 9º ano do CEF 3 de Planaltina, levou mais ânimo para as idas do jovem à escola. “É bom porque saímos da rotina de sala de aula e ao mesmo tempo, a gente aprende mais sobre respeito, perseverança e ajuda também a educar os alunos que estão entrando no 6º ano”, comenta o aluno, que já conseguiu levar o primo para estudar na mesma escola que ele. “É muito bom poder ser referência para alguém”, destaca o jovem, orgulhoso. Já o colega Lucas Reis, 14, também do 9º ano do CEF 3, pretende repassar os ensinamentos aprendidos para o máximo de pessoas que conseguir. “Quero ensinar o que é o respeito, como a gente deve agir e como devemos tratar corretamente os seres humanos diariamente”, anima-se.

 

 

Ouvir palavras positivas dos alunos sobre a iniciativa é motivo de orgulho para o professor regente Victor Afonso Ribeiro, do NaMoral no CEF 3 de Planaltina. “Nós vimos que o NaMoral trouxe muitos benefícios para dentro da escola, como melhoria da infraestrutura e na questão dos alunos, mudou a vida deles. Até a família fica encantada com o projeto”, conta o educador.

 

Com o lema “Esperto mesmo é ser honesto”, o projeto desenvolve nos alunos os valores de ética, cidadania, verdade, respeito e empatia. “Nós tentamos facilitar a vida desses alunos para que entendam que são uma parte fundamental dentro da sociedade e que o futuro dessa sociedade, para que ela seja promissora, parte deles”, acrescenta Victor.

 

17/05/2025 - Projeto NaMoral atende mais de 23 mil estudantes de escolas públicas do DF em 2025

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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