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Formatura de jovens e adultos marca encerramento do ano letivo de 2023

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Uma das celebrações ocorreu na CRE do Núcleo Bandeirante e contou com mais de 100 formandos

Tainá Morais, Ascom/SEEDF  

 

Concluir os estudos é motivo de orgulho na trajetória educacional de todo estudante. A glória é ainda maior no caso de jovens e adultos que, muitas vezes, têm que conciliar as aulas com trabalho e o sustento de famílias. Na noite desta quarta-feira (6), foi realizada, na Coordenação Regional do Núcleo Bandeirante, a formatura dos alunos que voltaram a estudar na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A conquista do diploma destaca a superação de desafios por mais de 100 estudantes que optaram por essa modalidade após não conseguirem concluir o ensino regular. 

 

A EJA desempenha um papel indispensável na vida daqueles que buscam uma segunda chance educacional, proporcionando flexibilidade para adultos conciliarem seus estudos com outras responsabilidades, principalmente profissionais. A diretora de Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Cristina da Ponte, destaca a importância desse programa como uma oportunidade de inclusão e ressalta o compromisso da equipe em apoiar cada aluno em sua jornada educacional. 

 

“A formatura desses alunos representa mais do que a conclusão de um curso, é a realização de sonhos, a superação de desafios e a prova de que a educação é uma ferramenta poderosa para transformar vidas. Estamos comprometidos em oferecer oportunidades inclusivas e ver esses estudantes alcançarem este momento é motivo de grande alegria e orgulho para toda a equipe”, diz.   

 

A formatura celebra as conquistas acadêmicas e destaca a resiliência e determinação desses alunos. Na formatura, a comunidade escolar reconhece não só a conclusão de um ano letivo, mas também a transformação de vidas por meio da educação, reforçando a ideia de que nunca é tarde para buscar o conhecimento e alcançar objetivos educacionais. e a presença de familiares e amigos durante a cerimônia reflete o apoio fundamental que contribuiu para o sucesso de cada formando. 

 

Superação  

 

Entre os formandos, está Maria do Socorro Leite Viana, 62 anos. A agora ex-estudante é uma costureira dedicada que decidiu retomar seus estudos depois de mais de 40 anos. Ela parou de estudar em 1979 quando decidiu priorizar a criação dos filhos e o trabalho doméstico.  

 

A motivação inicial veio de sua filha, que a matriculou e, assim, surgiu a oportunidade de aprender e também de interagir com uma turma e professores atenciosos. “A EJA foi a porta que se abriu para que eu pudesse realizar meu sonho de concluir meus estudos. Foi desafiador, mas acredito que isso me fez mais forte e preparada para enfrentar outros desafios que surgirão”, afirmou.   

 

 

Seu filho mais velho, Denilson Leite, que acompanhou a conquista da mãe, expressa seu orgulho. “Estou muito feliz por ela, por ter concluído mais esse passo na vida. Foi um importante passo, motivado pela pressão da minha irmã. Ela sempre almejou a formatura de todos os quatro filhos e este é um momento especial para todos nós”, destacou.  

 

Em busca de uma vida melhor 

 

A formatura contou com outras histórias de superação, como a presença de Marise Jean Chales, 36 anos, e seu marido, Mário Ortelus, 37, haitianos que vieram em busca de uma vida melhor, superando, graças a EJA, a barreira do analfabetismo. 

 

Marise demonstrou muito orgulho de sua jornada. “Com muito esforço, estamos conquistando o canudo juntos. A EJA nos proporcionou a oportunidade de sonhar e alcançar nossos objetivos e assim está acontecendo”.  Agora, a meta de Marise e do marido é iniciar um curso superior e poder exercer a profissão futuramente.

 

A EJA nos proporcionou a oportunidade de sonhar e alcançar nossos objetivos e assim está acontecendo ❞

Marise Jean Chales

 

 

Essas histórias destacam a importância da educação ao longo da vida, e também a capacidade de superar obstáculos, independentemente da idade ou origem, reforçando o poder transformador na vida de cada formando. 

 

A EJA é organizada em três segmentos. O primeiro corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental. Neste segmento, as pessoas iniciarão e consolidarão o processo de alfabetização. O segundo segmento corresponde aos anos finais do ensino fundamental. Já o terceiro segmento corresponde ao ensino médio. Para se matricular nos primeiro e segundo segmentos, a idade mínima é de 15 anos completos. Para se matricular no terceiro segmento, a idade mínima é de 18 anos completos. 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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