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Escola Classe 06 de Ceilândia homenageia aluna de 8 anos vítima de desafio na internet

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Familiares e estudantes fizeram uma passeata nesta quinta (17) para reforçar a importância da conscientização digital

Por Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF

 

 

Com balões brancos e mensagens de carinho, a Escola Classe (EC) 06 de Ceilândia viveu, nesta quinta-feira (17), um momento de emoção e reflexão, onde estudantes, professores, familiares e amigos participaram de uma caminhada silenciosa em homenagem à aluna Sarah Raíssa, de apenas 8 anos, que faleceu no último domingo após participar de um desafio perigoso propagado nas redes sociais.

 

Emocionado, Cássio Maurílio, pai da pequena Sarah Raíssa, descreveu a filha como uma criança carismática, afetuosa e cheia de vida. “Ela era uma menina com grande potencial, carinhosa, de opinião própria. Onde chegava, levava alegria. Não deixava ninguém ficar triste”, relembrou.

 

A comunidade escolar prestou tributo à estudante e aproveitou o momento para fazer um alerta necessário, que é preciso conversar sobre os riscos da internet, especialmente com crianças e adolescentes. “Temos trabalhado temas como segurança digital e uso responsável da internet em sala de aula. Mas, a partir de agora, essas ações serão intensificadas. Vamos promover rodas de conversa, palestras e atividades permanentes de sensibilização sobre cyberbullying, desafios perigosos e exposição online. É uma forma de proteger nossos alunos e valorizar a vida.”, contou a diretora da escola, Maria de Fátima Bezerra.

 

 

Para o pai da estudante, o assunto é fundamental e é importante que as famílias e escolas se unam na orientação sobre o uso da internet pelas crianças. “A gente precisa conversar mais com nossos filhos, estar presente. Mostrar pra eles o que é saudável, o que é perigoso. Se a criança quer ver algo, veja junto. Não proíba, oriente. Seja você o filtro da sua criança. Participe das brincadeiras, crie desafios do bem. Porque muitas vezes, por curiosidade, elas se envolvem com coisas que não entendem e isso pode ser fatal”, alertou.

 

TRABALHO DE PREVENÇÃO

 

Mesmo antes do triste ocorrido envolvendo a aluna Sarah Raíssa, a escola já havia iniciado um projeto pedagógico voltado para a valorização da leitura e o uso consciente da tecnologia. A ação foi retomada com ainda mais propósito após o incidente, tendo como ponto de partida o livro A Fuga das Palavras, da autora Silvana Brito. “Esse livro conta a história de um menino muito ligado às redes sociais e que vai perdendo o convívio social e o contato com as palavras. Ele percebe que precisa reconquistá-las, e isso acontece por meio da leitura. Escolhemos essa história para abrir o projeto porque ela fala diretamente com a realidade das nossas crianças”, explicou a diretora Maria de Fátima.

 

 

 

O projeto é integrado ao trabalho já realizado ao longo do ano na sala de leitura da escola, com visitas semanais à biblioteca e rodas de conversa sobre os livros lidos. “A criança que quiser falar sobre a história tem espaço. Essa escuta é muito importante. Queremos que elas compreendam que o livro traz muitas coisas boas para a vida”, explica a coordenadora pedagógica, Lidiane Martins.

 

Sobre o uso da tecnologia, a educadora destaca que o trabalho precisa ser guiado por orientação. “A gente tem um laboratório de informática onde trabalhamos com jogos educativos planejados, sempre alinhados ao conteúdo de cada turma. O celular não é permitido em sala, mas os professores orientam os alunos sobre como fazer uma boa pesquisa e como utilizar a internet de forma segura e consciente”, afirmou.

 

SUPORTE PEDAGÓGICO

 

A Secretaria de Educação desenvolve nas escolas da rede pública do DF, ações de promoção da saúde emocional e prevenção de comportamentos de risco, com rodas de conversa, palestras e oficinas educativas conduzidas por profissionais da Secretaria, com o apoio dos Orientadores Educacionais (OEs) e das Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem (EEAAs).

 

Em 2024, cerca de 10 mil profissionais da educação participaram de formações voltadas à cultura de paz e à comunicação não violenta. Desses, 5 mil educadores passaram por capacitações específicas sobre bullying, cyberbullying e segurança digital, em parceria com a Delegacia de Crimes Cibernéticos, a Secretaria de Segurança Pública e o Batalhão Escolar.

 

A Pasta orienta sobre a proteção de crianças e adolescentes e reforça a importância da atuação conjunta entre escola, família e sociedade para garantir uma experiência digital mais segura. Recomenda, sempre que possível, evitar o uso de celulares por crianças pequenas, priorizando o convívio, as brincadeiras e o aprendizado. Quando o uso for necessário, é fundamental que os responsáveis acompanhem de perto o conteúdo acessado.

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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