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Cine Brasília vira palco da grande estreia do Festival NaMoral de Curtas

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Estudantes da rede pública celebram protagonismo, cidadania e criatividade na telona

Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF.

 

 

O tapete vermelho foi estendido para os estudantes da rede pública do Distrito Federal. Na manhã desta quarta-feira (8), o Cine Brasília recebeu o Festival NaMoral de Curtas-metragens: Ética em Cena, Integridade e Transformação em Ação, uma verdadeira celebração da juventude, da arte e da educação. O evento reuniu mais de 500 alunos e professores para assistir à exibição dos 11 curtas finalistas, produzidos ao longo do ano letivo.

 

Para a coordenadora-geral do programa NaMoral na Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), Graça de Paula, o dia foi de festa e conquista coletiva. “Hoje é o nosso Oscar. As vivências e práticas do programa estão aqui, na tela, transformadas pela sétima arte”, comemorou. Segundo Graça, ver os estudantes ocupando a maior sala de cinema da capital é simbólico: “Trazer os alunos para o Cine Brasília é permitir que o cidadão ocupe seus espaços, e isso é o que o NaMoral traz, um exercício de cidadania”.

 

A première também marcou um momento especial para a promotora de Justiça Luciana Asper, idealizadora do programa NaMoral. Ela destacou a força da comunicação e da produção audiovisual como ferramentas de transformação social. “O que esses jovens fizeram é um manejo das suas habilidades. Eles aprenderam a trabalhar juntos, desenvolveram os roteiros e toda a arte dos filmes, um aprendizado que vai muito além da sala de aula”, explicou.

 

Premiação e celebração de talentos

 

O clima no Cine Brasília foi de pura emoção. A cada exibição, aplausos tomavam conta da sala e a vibração dos estudantes mostrava o orgulho de ver suas histórias projetadas na telona. Ao final, o momento mais esperado: o anúncio dos vencedores e a entrega dos prêmios, certificados e troféus.

 

O grande vencedor do Júri Oficial do festival foi o curta “Empatia”, do Centro Educacional (CED) Jardins Mangueiral. Em 2º lugar, ficou o filme “É NaMoral”, do CED 08 do Gama. E o 3º lugar foi para “A decisão é sua”, do CED Agrourbano Ipê.

 

No total, o festival distribuiu R$ 80 mil em produtos eletrônicos, doados pela Receita Federal. Todas as escolas premiadas receberam um notebook, e cada professor orientador dos curtas vencedores ganhou um tablet, em reconhecimento ao trabalho de mediação e incentivo ao protagonismo estudantil. Já os alunos participantes foram premiados com tablets e smartphones.

 

Júri Popular

 

A manhã ainda teve espaço para o reconhecimento do Júri Popular, quando o ganhador do prêmio de melhor filme foi o curta “A Fome no Brasil”, do CED 08 do Gama. O roteirista, Pedro Martins, de 17 anos, contou sua inspiração. “O que me motivou a escrever o roteiro foi perceber o desperdício de merenda dentro da escola. Daí ampliamos o tema para mostrar como a fome afeta todo o país, e o que cada um de nós pode fazer para mudar esse cenário”, destacou o estudante.

 

Também pelo júri popular, o título de melhor ator ficou com Arthur Mota, de 17 anos, aluno da 2ª série do Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI) do Gama, que conquistou o público e o júri com sua atuação marcante no curta “Nicolas, o nosso herói”. Ele recebeu como prêmio um smartphone, encerrando o evento sob aplausos e flashes dignos de uma grande estreia.

 

Arthur destacou o significado afetivo e humano da produção. “Foi uma honra participar desse curta, um dos momentos mais felizes da minha vida escolar. O filme fala sobre inclusão e amizade verdadeira, e me ensinou que todos nós precisamos olhar uns para os outros com mais amor e compaixão. Ajudar e ser ajudado é o que nos torna pessoas melhores”, contou Arthur, visivelmente emocionado.

 

Cinema, ética e protagonismo juvenil

 

Mais do que um festival de curtas, o NaMoral é uma aula de cidadania viva. Ao unir educação, arte e integridade, o projeto mostra que a escola pública é um espaço fértil para o protagonismo juvenil e para a formação de cidadãos conscientes e criativos.

 

O diretor do CEMI do Gama, Lafaiete Formiga, destacou o papel do Festival NaMoral como ferramenta de formação cidadã e valorização do protagonismo juvenil. “Nós fomos a primeira escola de ensino médio a ingressar no projeto NaMoral, e já participamos há mais de três anos. É um trabalho de suma importância, em que os alunos aprendem sobre cidadania, respeito e inclusão”, afirmou o diretor.

 

A professora de Filosofia do CEMI do Gama, Rozana Vieira, contou que a produção audiovisual já faz parte da rotina pedagógica da escola e que o NaMoral veio para somar. “Na escola, os alunos já produzem curtas dentro do projeto Afrobrasilidades, que aborda temas como cultura negra, valores e inclusão. É um processo leve, mas muito potente, porque eles se sentem protagonistas de verdade”, explicou a professora.

 

No maior cinema de Brasília, os estudantes da rede pública de ensino provaram que a ética também pode ser contada em imagem, som e emoção, e que o futuro tem roteiro e direção assinados pela juventude.

 

 

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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