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Biblioteca escolar comunitária em Taguatinga oferece aulas de crochê para mulheres

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Com foco no empreendedorismo feminino, o projeto Tecendo Fios de Oportunidade é desenvolvido no CED 02

Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF

 

 

Nas tardes de terça-feira, a Biblioteca Comunitária Valéria Jardim, do Centro Educacional (CED) 02 de Taguatinga, se enche de cores, conversas e fios entrelaçados. No projeto Tecendo Fios de Oportunidade, o crochê vai além da técnica, torna-se um espaço de acolhimento, cura e valorização do feminino para as mulheres que se reúnem ali.

 

A iniciativa foi desenvolvida em 2024, e desde então tem sido um sucesso para a comunidade. Não há restrição de idade, tampouco necessidade de saber costurar, pois o essencial é a vontade de aprender. O curso possui carga horária total de 104 horas, sendo 80 horas diretas, e 24 indiretas. Além das técnicas de crochê, as estudantes recebem aulas de precificação, divulgação, vendas e escrita criativa.

 

O crochê acompanha a professora da rede pública e escritora Nina Tolledo desde a infância. No interior de Minas Gerais, ela descobriu a técnica aos seis anos, ao observar mulheres produzindo peças nas calçadas. Aos 11, mudou-se para o Distrito Federal e, no Gama, começou a praticar o crochê.

 

“O projeto é aberto à comunidade. Damos preferência a pessoas em situação de vulnerabilidade, e muitas chegam aqui por indicação médica, em busca de uma atividade terapêutica”, relata a educadora.

 

 

No início, 30 pessoas inscreveram-se no curso, incluindo homens. Entre conversas, risadas e confraternizações, histórias marcantes começaram a surgir. “As alunas contavam histórias e achavam que não eram nada demais, mas percebemos que eram verdadeiras artistas. Trabalhei 12 anos com revisão de textos e tive o prazer de digitar esses relatos, que agora estão se transformando em um livro: Pontos e Contos”, explica Nina.

 

Uma das participantes, Edvania Chagas Ramos, de 58 anos, vivia um estágio de depressão após a perda recente dos pais. “Meu médico indicou um psicólogo. Fui a dois, mas não gostei. Minha filha achou que seria uma boa ideia eu vir. No começo vim relutante, mas depois fui me soltando. No outro dia, pedi ao meu marido para me levar ao armarinho comprar uma agulha mais grossa e comecei a fazer”, conta.

 

 

A aluna Maria Helena de Souza, 62 anos, também encontrou no crochê uma nova forma de expressão. Mineira, chegou a Brasília há três anos e meio para acompanhar a filha, servidora pública. “Sempre quis aprender crochê, mas achava que fosse coisa de avó. O crochê é uma maravilha para mim, estou amando. Depois, quero abrir um perfil nas redes sociais para vender minhas peças.”

 

A Biblioteca Escolar Comunitária Valéria Jardim está oferecendo um momento reservado para convidados, artistas, imprensa e comunidade. O evento, que será aberto à comunidade, acontece entre os dias 5 a 12 de dezembro, exibindo inúmeras peças produzidas pelas alunas. Para 2026, as inscrições para novas turmas estão previstas para junho.

 

 

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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