A participação das estudantes é uma oportunidade de intercâmbio cultural
Por Monalisa Silva, Ascom/SEEDF
Estudantes do Centro Interescolar de Línguas (CIL) 02 de Brasília foram convidados para participar da cerimônia de encerramento da exposição “Poesía y Naturaleza”, realizada no Espaço Cultural Alfonso Reyes, na Embaixada do México, na manhã desta quinta-feira (16). Dos 12 discentes convidados, sete alunas fizeram a leitura de poesias de autores mexicanos escritas originalmente em algum dos mais de 68 dialetos indígenas falados no país e traduzidas para o espanhol.
Para a estudante do sexto semestre de espanhol, Alana Nunes de Carvalho Andrade, que leu o poema “Te quiero”, de Santos García Wikit, a possibilidade de participar da atividade foi uma surpresa boa. “Fico muito feliz, porque não é sempre que temos a chance de interagir com pessoas de outras culturas, de estar no meio delas. É uma oportunidade de desenvolver um pouco mais a língua, a comunicação. Gostei muito, principalmente porque celebra as mulheres”, disse.
O ministro de Assuntos Culturais do México, José Manuel Cuevas López, explicou, durante a abertura da cerimônia, que o México celebra em 2025 o Ano Internacional da Mulher Indígena. Essa foi uma das razões para convidar somente mulheres para as leituras do encerramento. “É também uma forma de estreitar os vínculos de colaboração entre México e Brasil”.
O convite para a participação dos alunos do CIL no evento reflete o reconhecimento da qualidade do ensino de excelência que as escolas de idiomas da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) oferecem há 50 anos aos estudantes do DF. É uma política pública que já beneficiou, só entre os anos de 2019 e 2025, mais de 350 mil estudantes, conforme informações do Censo Escolar.
O encarregado de Negócios, a.i. da embaixada do México, Alejandro Ramos Cardoso, afirmou que a ideia de levar as estudantes brasileiras para ler os poemas é uma forma de fazer com que conheçam um pouco da cultura mexicana. “Nós achamos que trazer as estudantes para ler os poemas em espanhol e a tradução para o português era uma boa maneira também de fazer com que elas se envolvessem mais em conhecer, aprofundar o seu conhecimento sobre o México, das línguas que são faladas no país e também de estreitar os laços culturais entre a embaixada e as diversas instituições do governo brasileiro para apresentar essa riqueza que é o universo linguístico que temos no México para elas”, concluiu.
Aprovação
A iniciativa foi aprovada pela aluna Dalila Reis, também do sexto semestre de espanhol. “Achei fantástico! Todas as embaixadas deveriam ter essa oportunidade para os alunos, que é uma forma de a gente conhecer a cultura, no caso do México, e o espanhol, e agrega muito valor ao curso”.
A estudante conta que o estudo do idioma no CIL 02 superou as expectativas. “É meu primeiro curso de idiomas, e o meu objetivo é fazer outros no CIL quando acabar o espanhol. É uma política pública inclusiva, os professores são super qualificados pra trabalhar com todas as diferenças dos alunos”.
Intercâmbio cultural
A exposição, que foi aberta em 22 de maio, celebra a conexão entre as expressões artísticas dos povos indígenas e a sua relação com o meio ambiente, e destaca, por meio da poesia, da fotografia e da culinária tradicional, a diversidade cultural e a importância de viver em harmonia com a natureza. A exposição contou com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México.
O evento de encerramento da exposição com a participação dos estudantes do CIL 02 também visa a promover o intercâmbio cultural entre as populações indígenas do México e do Brasil, fortalecendo os laços de fraternidade entre os dois países.