Cuidar da saúde mental dos magistrados e servidores de forma preventiva por meio do projeto “Se Cuida”. Foi com este objetivo que o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) firmou parceria com a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), nesta segunda-feira (18/12). O projeto, que terá o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), irá desenvolver ações permanentes de educação, promoção da saúde, atenção à saúde mental e monitoramento, no âmbito laboral do TJPI.
O presidente do TJPI, desembargador Hilo de Almeida Sousa destaca que com este projeto, o tribunal está cuidando do maior patrimônio do tribunal, que são os servidores e magistrados. “Estamos atuando de forma profilática prevenindo estes tipos de doenças da mente, que tanto tem afetado nossa sociedade. Agradecemos ao apoio e parceria firmada. Vamos avançando a cada dia, sempre buscando esse trabalho integrado, sendo não objeto da história, mas sujeito da história”.
Para o médico Pedro Leopoldino, Superintendente da Sugesq (Superintendência de Gestão da Saúde e Qualidade de Vida), é fundamental saber como anda a saúde mental dos servidores. “Hoje a mente precisa estar bem, até mais que nosso físico. Assim, agradecemos aos nossos parceiros pela iniciativa e cremos que teremos bons resultados. O TJ só tem a ganhar”.
Coordenador-geral do Laboratório de Inovação (Opala Lab), o desembargador José Wilson informou que em breve a corte estará firmando Termo de Cooperação para que as ações do projeto “Se Cuida” possam ser ampliadas por meio do desenvolvimento de ações com a Júlia, Inteligência Artificial do TJPI
Segundo o Coordenador do projeto, professor Vinicius Oliveira, a UESPI tem o compromisso de devolver para a sociedade tudo o que recebe de investimento e reforçou a relevância do projeto, ao abordar uma questão que é um dos grandes problemas da sociedade na contemporaneidade, que é a saúde mental. “Então, o desembargador Hilo de Almeida, sempre muito sensível, nos procurou para firmarmos essa parceria. Em 2024, vamos trabalhar de maneira presencial às terças e quintas, com atividades complementares, presenciais e virtuais, com o auxílio da inteligência artificial e uso de chatbot, para mensurar a variação de humor e comportamento. O foco é antecipar eventuais situações de crise em nossa população, percebendo situações de baixa, média e alta tensão, de modo que possamos cuidar de cada um desses grupos, com consultas e telecomunicações”.
O reitor da UESPI, Evandro Alberto, mencionou a importância deste projeto, que será desenvolvido por TJPI e UESPI. “O projeto fará uso de uma ferramenta de IA e isso é louvável. Queremos parabenizar a visão futurista do presidente do TJ. Talvez seja o primeiro tribunal a ter o uso de IA na prevenção e cuidado da saúde mental de seus servidores e magistrados”. Já o presidente da Fapepi, João Xavier, evidenciou que “com esta ação, o tribunal avança neste processo de modernidade e inovação. Hoje temos um momento significativo e será exemplo para os tribunais Brasil afora. Que este programa, portanto, seja um exemplo a ser seguido pela grandeza e pela preocupação de cuidar das pessoas. Sabemos o quanto a vida aqui é corrida. Assim, a plataforma vai acompanhar o cotidiano destes servidores, permitindo que o TJ atue de forma preventiva evitando maiores problemas”. As atividades do projeto estão programadas para iniciarem dia 30 de janeiro de 2024.
Conheça o projeto
A plataforma de saúde “Se Cuida” visa contemplar a disponibilização de estratégias dinâmicas de promoção e prevenção de problemas psicossociais, além do desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento das variações de humor e avaliação da saúde mental. A criação de uma plataforma que possa monitorar o estado psicoemocional de magistrados e servidores do Poder Judiciário pode possibilitar promoção à saúde e prevenção de doenças em tempo hábil. A ideia é trabalhar as pessoas antes que estas desenvolvam doenças ou agravos em função de stress no trabalho, como também por conta da falta de conscientização e atenção à saúde psicológica.
As ações promovidas pelos membros, juntamente com a implementação da plataforma, pode viabilizar um impacto significativo nos índices de satisfação dos magistrados e servidores do TJ-PI, pois o projeto viabiliza, entre outros, a utilização otimizada de ferramentas de acompanhamento da saúde mental, a realização de intervenções práticas e dinâmicas no processo de cuidado e, ainda, contribui para o combate aos estigmas sociais associados aos transtornos psicoemocionais e para a valorização da vida.
Fonte: TJPI
Fonte: Portal CNJ