Josimar – Copa do Mundo de 1986, no México
De menino da periferia a ídolo da Copa: a trajetória de coragem e superação do lateral-direito brasileiro
Nos anos 1980, o Brasil vivia um período em que o futebol era sinônimo de paixão nacional e identidade cultural. Foi nesse cenário vibrante que surgiu Josimar, um garoto da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, que desde cedo encontrou no esporte um caminho para sonhar e mudar sua realidade.
Começou no Flamengo, mas foi no Botafogo que construiu sua trajetória mais marcante. Com velocidade, talento e um chute surpreendente, rapidamente conquistou espaço entre os principais laterais do país. Porém, foi na Copa do Mundo de 1986, no México, que o destino decidiu colocar seu nome definitivamente na história.
Convocado de última hora, Josimar chegou sem grandes expectativas da torcida. Mas bastaram dois jogos para se transformar em protagonista. Contra a Irlanda do Norte, arriscou de fora da área e marcou um dos gols mais lembrados daquela edição. Na partida seguinte, contra a Polônia, repetiu a dose, consolidando-se como uma das grandes surpresas do torneio.
Esses dois lances não apenas garantiram sua fama imediata, mas também projetaram seu nome para o mundo. Josimar tornou-se símbolo de ousadia e improviso, características que o futebol brasileiro sempre valorizou. Sua imagem foi tão marcante que até hoje uma das revistas de futebol mais respeitadas da Noruega leva seu nome como homenagem.
Ao longo da carreira, defendeu clubes importantes, como Botafogo, Flamengo e Internacional, além de passagens internacionais que ampliaram seu repertório esportivo. Sempre reconhecido pela força e pela coragem, deixou títulos e jogadas inesquecíveis. Mas, acima de tudo, deixou a lembrança de alguém que nunca se intimidou diante dos desafios.
A trajetória de Josimar é, também, a representação de um menino que saiu da periferia para alcançar o maior palco do futebol mundial. Um exemplo de como talento, disciplina e oportunidade podem transformar destinos, inspirando milhares de jovens que ainda hoje veem no futebol uma chance de mudar de vida.
Ainda que o tempo tenha passado, sua história continua viva. Nos corredores da memória coletiva, Josimar é lembrado não apenas como jogador, mas como um marco de esperança e surpresa. Quando se fala da Copa de 1986, inevitavelmente, seu nome surge ao lado dos maiores. Hoje, além do legado de craque que deixou a ousadia como herança, Josimar se dedica ao Instituto que leva seu nome, ao projeto “Bola no Pé, Livro na Mão” e a palestras motivacionais, mostrando que sua missão vai muito além do campo e continua inspirando novas gerações.