Mais de 23 mil pessoas se inscreveram no Programa Territórios da Escrita. Lançado em novembro, em Porto Alegre, em uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a ação inovadora se destaca como o primeiro curso público, online e gratuito de formação básica em escrita literária para formar novos escritores pelo país, bem como promover a diversidade de publicações editoriais. O grande número de interessados revela a importante demanda por formação na área.  

Celebrando esse número expressivo e o relevo que a pauta da escrita ganha com essa adesão do público, o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, aponta para a ideia de que esse programa se torne referência e permita uma ampliação futura com outras instituições. “A ação integra a Política Nacional de Leitura e Escrita e reflete o compromisso do MinC em fomentar a literatura como expressão da diversidade cultural e social do Brasil. Seguimos comprometidos com a formação permanente para mediadores de leitura, escrita criativa, e gestores culturais, fomentando o entendimento da literatura como expressão da diversidade”, destaca. 

“O objetivo principal desse projeto é dar acesso gratuito a ferramentas básicas da escrita, o que é fundamental para impulsionar as capacidades criativas e expressivas de quem quer ou já escreve. Por um lado, é preciso trazer cada vez mais vozes da diversidade cultural brasileira para nossos livros e nossa produção literária. Por outro, o projeto é também parte de uma estratégia para fomentar a leitura, pois quem escreve lê mais e isso é muito bom para todos”, Jéferson Assumção, diretor de Livro, leitura, literatura e bibliotecas da Sefli. 

“O número de inscritos superou toda e qualquer expectativa nossa: 23.152 para 1.000 vagas. Pessoas de todas as faixas de idade e de escolaridade procuraram o Territórios da Escrita. Escolhemos, para recebê-las e orientá-las, professores altamente qualificados. Isso demonstra que o MinC e a UFRGS deram um grande passo em direção a uma efetiva política de escrita e leitura, o que reforça a ideia de um fortalecimento da democracia, de um povo que pensa e participa.  A Cultura é um fator fundamental para a liberdade. E tudo indica que o Territórios da Escrita veio para ficar”, afirma Jane Tutikian, coordenadora do programa e professora da Universidade.  

Com as inscrições encerradas, o processo seletivo segue agora para a fase de , com a divulgação do resultado final prevista para fevereiro e o início das aulas em março de 2025. O programa vai alcançar mil participantes de todo o Brasil, universitários ou não, interessados em aprimorar suas habilidades de escrita. Com um corpo docente de referência, as aulas cobrem sete trilhas literárias: poesia, crônica, conto, dramaturgia, literatura infantil, literatura juvenil e narrativa longa. 

O edital encerrou as inscrições, e entra agora em fase de seleção. Conforme o edital, está prevista a divulgação do resultado final no dia 15 de fevereiro, com a posterior matrícula dos classificados entre os dias 17 e 28 de fevereiro e o início das aulas no dia 10 de março de 2025.  

A primeira fase do programa contempla a seleção de mil participantes, com 50 estudantes que atuarão como monitores para auxiliar os professores das trilhas. O processo seletivo inclui ações afirmativas para garantir maior inclusão: 25% das vagas são destinadas a negros (pretos e pardos), 10% a indígenas e 5% a pessoas com deficiência. Além disso, há uma desconcentração regional, com pontuação adicional para candidatos das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. 

Na segunda etapa do programa, serão selecionados os 100 melhores cursistas, que receberão bolsas de R$ 2 mil mensais, durante seis meses, para desenvolverem suas próprias obras literárias.