A gestão da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) em seus 20 anos de existência foi debatida nesta quinta-feira (19) em uma aula pública e virtual promovida pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Responsável por apresentar o tema, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rollemberg, destacou a importância da reaproximação da Pasta com as universidades para dialogar sobre a Cultura Viva, uma política inovadora que reconhece os agentes e grupos culturais nos territórios.

A UFBA – junto com as universidades federais do Paraná (UFPR) e Fluminense (UFF) – integra o Consórcio Universitário que formalizou parceria com o MinC, em 2023, para desenvolver ações de pesquisa e formação sobre a Política Nacional de Cultural de Cultura Viva.

“Essa é uma oportunidade de aprendizado mútuo, e tenho uma expectativa muito positiva com esta parceria. O Consórcio Cultura Viva reativa a rede colaborativa com o ministério e tem uma perspectiva de convergência com outras universidades. Ao mesmo tempo, traz uma dimensão até ibero-americana com a reativação da rede para além das nossas fronteiras brasileiras”, explicou Márcia Rollemberg, que também preside o Programa IberCultura Viva, espaço de diálogo, articulação e cooperação de 13 países da Ibero-América para a promoção das políticas culturais de base comunitária.

Márcia reforçou o convite para ampliar a participação na rede: “Todos são muito bem-vindos nessa rede que promove a Cultura Viva e os direitos culturais. É papel de todos nós valorar nossas identidades. Que a gente possa ter um mundo com mais justiça climática, justiça social e que reconheça os direitos das pessoas, principalmente os direitos no campo da cultura”.

Segundo Luana Vilutis, coordenadora do Consórcio pela UFBA, o intuito da aula foi “envolver cada vez mais todo o corpo docente e discente da universidade para pensar e refletir sobre os 20 anos de trajetória da Cultura Viva e os próximos 20 anos”. O professor Guilherme Varela completou: “É um projeto através do qual a gente estuda a Cultura Viva e trabalha com a rede de pontos de cultura, levantando informações, dados e tudo o que possa auxiliar nessa política tão importante. Esse encontro com as universidades é muito importante porque temos aqui vários futuros pesquisadores e já pesquisadores acadêmicos que estão cada vez mais interessados na pauta”.

Durante a aula, a secretária explicou o processo de criação do programa Cultura Viva em 2004 e sua transformação em Política de Estado, com aprovação da Lei N° 13.018/2014. Também falou sobre os princípios, as diretrizes, as fases e ações atuais para ampliação e fortalecimento da rede de Pontos e Pontões de Cultura. Participaram os professores e alunos das disciplinas de Economia da Cultura, Ética e Direitos Culturais, Oficina de Análise de Público e Práticas Culturais, Oficina de Gestão e Comunicação e Cultura Contemporânea. No total, a aula reuniu 75 pessoas.

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