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O Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR)

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Cultura é a expressão da singularidade de um território, é um espelho das tradições, crenças e das cotidianidades de um povo. Através da cultura é possível decifrar uma nação e as relações sociais nela emaranhadas. 

Há tempos a cultura vem se projetando como um dos segmentos mais dinâmicos da economia mundial, desvencilhando-se da imagem de mera fonte de bem-estar social e mostrando-se como elemento essencial do desenvolvimento econômico das nações. No Brasil, a economia criativa é responsável por 3,11% do PIB e emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas nas mais de 130 mil empresas formalizadas. São dados que corroboram aquilo que já se sabe: cultura importa. A cultura não só só alimenta a alma, traz conhecimento, capacidade crítica e felicidade, como também gera emprego, renda e é imprescindível para o desenvolvimento do país. Sendo assim, é necessário e urgente que a dimensão econômica da cultura seja definitivamente incorporada como eixo transversal de políticas públicas, seja por sua extrema relevância no mercado global, seja pelo que representa para o fomento ao próprio setor que, desde 2012, sustenta a tendência de crescimento.

É nesse contexto que se apresenta o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), um mega encontro de negócios da cultura, parte central da política pública do Ministério da Cultura e importante mecanismo de fomento aos setores criativos brasileiros. O MICBR é um catalisador da circulação de bens e serviços culturais, da internacionalização da produção cultural nacional e da profissionalização dos agentes culturais brasileiros.

Em suas duas primeiras edições, realizadas em 2018 e 2021, o MICBR alcançou resultados expressivos. Em 2018, em edição presencial, o evento gerou o equivalente a R$5,5 milhões de dólares durante as rodadas de negócios, com a perspectiva de geração de outros R$55 milhões nos doze meses seguintes. Apenas nas rodadas foram 406 participantes, de 26 países, representantes dos nove setores criativos contemplados naquela edição. Em 2023, o MICBR retorna à presencialidade e expande de nove para 15, os setores criativos incluídos na programação: artes visuais, artesanato, audiovisual & animação, circo, dança, design, editorial, gastronomia, jogos eletrônicos, moda, música, museus & patrimônio, teatro. Áreas técnicas e hip hop completam o rol de setores e terão sua estreia no MICBR 2023, a partir da aposta certeira do Ministério da Cultura (MinC) no seu potencial econômico. Atendendo a demandas dos próprios setores,  as artes cênicas agora estão divididas em circo, dança e teatro e não disputam mais espaço entre si no mercado. 

O MinC está desenvolvendo políticas públicas que têm como objetivo retomar a pujança da diversidade cultural brasileira, valorizando cada agente, cada fazedor de cultura. O ministério está empenhado em descentralizar e desconcentrar suas ações para se aproximar cada vez mais dos profissionais da cultura de todo o País. Nesse passo, a escolha da capital do Pará como sede da terceira edição do MICBR projeta as atenções da pasta não apenas para a potencialidade econômica da região, mas sobretudo para a imensa diversidade cultural dos povos amazônicos, ao tempo em que Belém se prepara para receber a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em 2025. 

Damos as boas vindas ao MICBR 2023! Aqui conectamos a cultura do Brasil com o mundo.

 

 

Margareth Menezes

Ministra da Cultura do Brasil

 

 

Fontes:

Atlas Econômico da cultura brasileira

https://www.gov.br/turismo/pt-br/secretaria-especial-da-cultura/assuntos/noticias/secult-lanca-o-atlas-da-economia-criativa/livro-atlas.pdf

Texto-base da Conferência Nacional de Cultura https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/conferencias/Cultura_II/texto_base_2_conferencia_cultura.pdf

Briefing MICBR 2023

https://docs.google.com/document/d/1A_R5Jp41Rgc0Zx-Z387Rxun2uZB9xKtFEhDSuVAwpZU/edit

Economia da cultura, grandeza e complexidade

https://diplomatique.org.br/economia-da-cultura-grandeza-e-complexidade/

 



Fonte: Ministério da Cultura

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