A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniu, na manhã desta terça-feira (20/8), com a representante adjunta da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, para discutir parcerias voltadas à promoção dos direitos das mulheres. No encontro, foram elencadas diversas possibilidades para fortalecer a produção cultural feminina, utilizar a economia criativa para empoderar as mulheres e incluir nas produções culturais narrativas sobre a desconstrução do machismo, da violência e da desigualdade de gênero.
“Desde o momento que retomamos o ministério e começamos a fazer os editais, temos buscado trabalhar essa temática em nossas políticas”, explicou Margareth Menezes. Ela citou como exemplo de ações já realizadas o Edital Ruth de Souza de Audiovisual, voltado à produção de obras cinematográficas de longas-metragens dirigidas por mulheres, e o Prêmio Carolina Maria de Jesus de literatura produzida por mulheres.
Também destacou iniciativas mais recentes como o projeto pioneiro que fortalece a capacidade de produção de direitos autorais e intelectuais das mulheres quilombolas, coordenado pela Secretaria de Direitos Autorais e Intelectuais (SDAI) e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), e o apoio do MinC para divulgar a campanha Feminicídio Zero, coordenada pelo Ministério das Mulheres.
Presente na reunião, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, reforçou a potência da rede Cultura Viva nesse debate. “Os Pontos de Cultura formam uma rede de educação popular. Ao pautar a cidadania cultural e a promoção da diversidade, o combate à homofobia, ao racismo e à desigualdade de gênero se colocam como pautas transversais para o conjunto desses pontos”, detalhou. Os 41 Pontões de Cultura fomentados pelo MinC também já foram convidados a compor a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero.
A representante adjunta da ONU Mulheres no Brasil se colocou à disposição para atuar em conjunto com o MinC, fortalecendo os projetos em andamento, mas também em novas iniciativas. “Acredito muito no poder da cultura para transformar as nossas sociedades, principalmente, nesse aspecto de mexer no imaginário das pessoas e como isso pode contribuir para desconstruir algumas narrativas sexistas e racistas. Também, como por meio de toda a cadeira da cultura – tanto da indústria cultural e da indústria criativa- é possível explorar caminhos para reconhecer as contribuições das mulheres e empoderar economicamente as mulheres”, ressaltou Ana Carolina Querino.
Estiveram presentes na reunião: Karina Miranda, diretora de Promoção da Diversidade Cultural; Bruno Melo, chefe da Assessoria Especial de Assunto Internacionais; Natalete Oliveira da Silva, assessora especial. Pela ONU Mulheres, compareceram também Ana Teresa Lamarino, especialista para o fim da Violência contra a Mulher; e Tatiana Lima, assessora executiva.
Fonte: Ministério da Cultura