Evento cultural que reúne shows, conferências e mostra de cinema, o Festival Consciência, Música e Arte (CoMa), abriu nesta quarta-feira (04), em Brasília, sua sexta edição – a primeira no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Na noite inaugural, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do debate “Cultura – Alimento Para Alma”, ao lado da comunicadora e chef Lili Almeida.
“É muito bom quando a gente consegue promover e dar sequência a ações como esse [festival]. Quem trabalha com música, com arte, sabe o trabalho que dá fazer isso, mas também o retorno que nos dá, especialmente, o fortalecimento do setor cultural”, salientou a chefe da Pasta.
Margareth Menezes destacou ainda a importância da pauta para o Ministério da Cultura (MinC). “Neste momento de recriação, o MinC vem realizando várias entregas, fomentando e fazendo editais, especialmente sobre a questão dos festivais. O Ministério está produzindo ações para potencializar estes eventos, de pequeno e de médio porte. Queremos festivais pelo Brasil inteiro”, salientou.
Durante a conversa com a ministra, Lili Almeida falou sobre a temática do encontro. “O meu grande lance na vida é alimentar. Eu alimento na minha cozinha, por meio da minha comida. Tudo o que eu escrevo, que eu falo, eu coloco a intenção que seja algo que alimenta a alma do outro, que pessoa receba aquilo e que seja algo que ela possa aplicar na vida dela”.
De origem baiana, as duas debatedoras falaram ainda sobre suas experiências e a respeito de cultura, em um bate-papo descontraído junto ao público. “Quando eu tive acesso à literatura sobre a culinária afro-brasileira, descobri uma grande parte da minha história. Se você está interessado em alguma coisa, vai na biblioteca pegar um livro pra ler, vai conversar com pessoas que você acha que são cultas. Procure estar nesses lugares que acessam novos pensamentos. Porque são esses novos pensamentos que mudam a opinião da gente. E mudar de opinião é lindo, gente!”, disse Lili.
Margareth lembrou da importância dos blocos afro em Salvador para a tomada de consciência do povo negro de suas referências africanas para além da questão da escravidão. “Cada um deles aproveitou o Carnaval para fazer da festa o palco, trazer nomes de nações, de reis, de rainhas. Nós temos influências da África Oriental, de vários lugares, e tudo foi construído coletivamente, do cruzamentos de culturas”, comentou.
A primeira noite do CoMA teve ainda apresentação da banda paulista Francisco El Hombre. Até domingo (08), o festival irá reunir artistas consagrados e emergentes em shows ao ar livre nos jardins do CCBB. A programação inclui nomes como Letrux, Johnny Hooker, João Bosco e BaianaSystem.
No cinema serão exibidos nove documentários musicais que foram destaque no Festival In-Edit Brasil.
As conferências irão abordar temas como: Underground Monetizado – Como Ganhar Dinheiro com sua Música sem Enrolação; e É Viável Ter Casa de Show no Brasil? O que Fazer para a Conta Fechar?. Também estão programadas oficinas, rodas de conversa, mentorias e rodada de negócios.
O evento, considerado um marco na cena cultural de Brasília, é marcado pela sustentabilidade, inclusão, diversidade e pluralidade de expressões artísticas e pela busca de reflexões a respeito da relação entre cultura e mercado do entretenimento.
A cerimônia de abertura do CoMA contou ainda com a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass; do diretor de Articulação e Governança dos Comitês de Cultura do MinC, Pedro Vasconcellos; do Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes; do embaixador do Canadá no Brasil, Emmanuel Kamarianakis; e da coordenadora da Conferência do Festival CoMA; Micaela Neiva, e o deputado distrital Max Maciel.
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Fonte: Ministério da Cultura