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Festival Latinidades celebra protagonismo das mulheres negras na cultura, com apoio do MinC

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A 18ª edição do Festival Latinidades acorre de 23 a 31 de julho de 2025, em Brasília. O evento vai reunir grandes nomes da música, do pensamento e da cultura afro-latino-americana com o tema Mulheres Negras Movem o Mundo e em homenagem à autora Lélia Gonzalez.

“O tema de 2025 é uma afirmação que celebra e reconhece a força, a inteligência, a criatividade e a liderança das mulheres negras em todas as esferas da sociedade. Essa escolha reforça uma verdade histórica que muitas vezes foi invisibilizada: é a partir das experiências e resistências das mulheres negras que muitas transformações sociais, culturais e políticas foram e continuam sendo possíveis.”, explica a fundadora do Festival Latinidades e diretora do Instituto Afrolatinas, Jaqueline Fernandes.

Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, o projeto é realizado pelo Instituto Afrolatinas e conta com apoio do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.

Nesta edição, o MinC autorizou a captação de mais de R$ 3,11 milhões via Lei Rouanet. Até o momento, R$ 2 milhões foram captados – valor que reforça a importância do investimento público em ações de fortalecimento da diversidade cultural brasileira.

Com uma programação plural, o Latinidades 2025 traz shows, debates, oficinas, exibições audiovisuais, feira afroempreendedora e outras ações que fortalecem a arte, o pensamento crítico e a ancestralidade das mulheres negras. Entre as atrações confirmadas estão Zezé Motta, Luedji Luna, MC Carol, Karol de Souza, Ellen Oléria, Preta Rara, Urias, N.I.N.A e Melly, entre outras artistas de diversas gerações e regiões do Brasil.

Cinthia Santos, assistente de direção do Latinidades, destaca a importância de cada artista no evento e que a produção busca por não denominar headliners, atração principal de um show, para respeitar a individualidade e enaltecer a história de cada um. “A gente também quer trazer essas mulheres que deveriam estar lá e não estão”, enfatiza.

A exposição Alumbramento faz parte da programação do festival. Sob curadoria de Nathalia Grilo, a mostra será realizada no Museu Nacional da República, no centro de Brasília, a partir do dia 23 de julho. “Inspirada no conceito de Vazio Vivo das tradições Fula Bamana do Mali, apresentado por Amadou Hampâté Bâ, esta exposição evoca a escuridão primordial que precedeu o nascer de Tudo – não como vácuo, mas como matriz de todas as possibilidades”, destaca a curadora.

Obras de 25 artistas estarão reunidas na exposição, sendo eles: Ana Neves, ⁠André Nódoa, ⁠Antônio Bandeira, ⁠Antônio Obá, ⁠Arorá, ⁠Dani Guirra, ⁠Gilson Plano, ⁠Guayasamín, ⁠João do Nascimento, ⁠Josafá Neves, ⁠Josi, ⁠Lane Marinho, ⁠Lúcia Laguna, ⁠Luma Nascimento, ⁠Maxwell Alexandre, ⁠Nelson Crisóstomo, ⁠Nivalda Assunção, ⁠Paty Wolf, ⁠Pedro Neves, ⁠Rafaela Kennedy, ⁠Romulo Alexis, Sérgio Vidal, ⁠Suyan de Mattos e ⁠Vitória Vatroi.

“Nosso desejo foi apresentar jovens talentos, criadores fora do circuito institucional, mestres consagrados e ancestrais homenageados dialogam em uma teia que recusa a lógica de mercado para honrar processos orgânicos de criação. Isso diz muito sobre o Latinidades”, afirma Nathalia.

O festival

Criado em 2008, o Festival Latinidades nasceu como parte das comemorações do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha (25 de julho) e desde então vem se consolidando como um espaço de celebração, resistência e afirmação identitária.

Para a fundadora do evento, o festival atua como um ponto de encontro entre gerações, territórios e linguagens, promovendo intercâmbios, fortalecendo redes e pautando políticas públicas. “Nosso papel é criar narrativas que nos representem com dignidade, pluralidade e potência, valorizando as produções negras como fundamentais para a construção da história e do futuro da região”, ressalta Jaqueline.

“Ao completar 18 anos, o Latinidades afirma-se como ventre coletivo que acolhe imaginações plurais”, completa a curadora da exposição Alumbramento.

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) integra a equipe de realização do Festival, contribuindo para a viabilização de uma programação diversa e acessível, que articula arte, memória e transformação social, consolidando como uma referência no calendário cultural do país. O evento foi contemplado no Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 – Eventos Artísticos Calendarizados, no módulo financeiro de apoio de R$ 500 mil. O evento artístico continuado também foi agraciado no processo para renovação de apoio, no valor de R$ 375 mil.

“Cada festival é uma comunidade que alimenta e organiza essa imensa rede criativa das artes brasileiras. E para nós da Funarte, do Ministério da Cultura, o fomento a iniciativas, sejam espaços, grupos e coletivos e eventos artísticos, que permanecem ao longo de anos nos mais diversos territórios brasileiros é parte central da estruturação e dinamização da cena das artes do Brasil, conformando trajetórias fundamentais para a implementação da Política Nacional das Artes e para o desenvolvimento das artes no país”, afirma a presidenta da Funarte, Maria Marighella.

A realização do festival com apoio do Ministério da Cultura reafirma o compromisso das políticas públicas culturais com a inclusão, a democratização do acesso e o fomento à produção artística de grupos historicamente invisibilizados.

Serviço

18ª edição do Festival Latinidades

Data: 23 a 31 de julho

Local: Diversos pontos de Brasília, incluindo a Esplanada dos Ministérios e o Museu Nacional da República

Programação: Confira a programação completa clicando neste link

Ingressos: Os ingressos estão disponíveis, gratuitamente, por meio do site oficial



Fonte: Ministério da Cultura

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