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Encontro de Comunicadores Populares abre programação de atividades do Programa Nacional dos Comitês de Cultura em Brasília

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Começou neste sábado (15) o Encontro de Comunicadores Populares, atividade vinculada ao Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC). O evento do Ministério da Cultura (MinC), realizado em parceria com o Laboratório Digital da Universidade Federal do Paraná, foi pensado para debater os princípios da comunicação comunitária e dar visibilidade às ações culturais desenvolvidas nos territórios. 

Com base em princípios de acessibilidade e diálogo horizontal, o Encontro reuniu 60 agentes territoriais de cultura, selecionados por chamada pública, que já trabalham com comunicação, além de comunicadores de programas governamentais e influenciadores digitais que atuam nas comunidades em defesa da cultura, da diversidade e da democracia.

O secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, destacou o diferencial de ter uma rede composta por pessoas que sentem no cotidiano os efeitos das políticas públicas de cultura. “O nosso desafio é transformar as nossas iniciativas em histórias que tenham significado concreto para as pessoas. Quando a gente fala que está fazendo o maior investimento em cultura da história do Brasil, o que isso significa de concreto? Significa que, pela primeira vez, temos um cinema numa aldeia indígena, uma cidade pequena que nunca tinha tido acesso a teatro está garantindo isso para suas crianças, adolescentes e pais. Essas histórias, que mudam a vida das pessoas, têm sido o esforço da nossa comunicação”, declarou. 

A comunicadora e pesquisadora Débora Baldin; o integrante da organização Direito à Comunicação e Democracia, Alexandre Arns Gonzales; o deputado estadual do Paraná, Renato Freitas; a agente territorial de cultura em Peruíbe (SP), Fabi Nascimento e a integrante do Comitê de Cultura do Pará, Aline Vieira participaram da mesa temática Do Algoritmo ao Território ao lado do representante do MinC”.

Brasil que comunica

A mesa de abertura do evento debateu O Brasil que Comunica. A chefe da Assessoria Especial de Comunicação (Ascom) do MinC, Gabriella Gualberto, falou sobre a importância do olhar das pessoas que vivem nos territórios. “O conhecimento técnico, muita gente ensina, tem milhares de faculdades que ensinam. Mas, esse conhecimento territorial ninguém ensina, só quem nasce nele tem. E a gente vive num país de extensão continental, em que cada lugar tem seu jeito de fazer as coisas. Ter vocês aqui, do Brasil todo, para usar esses diferentes jeitos de fazer comunicação tem um impacto muito importante para o Ministério da Cultura e para o Governo Federal”, afirmou.

Também presente na mesa, a diretora de Articulação e Governança do MinC, Desiree Tozi, lembrou que o objetivo é que essas pessoas se articulem em redes que perdurem para além do Programa Nacional dos Comitês de Cultura. “Este programa está construindo essa frente de comunicação há um ano e meio, e a gente espera que mesmo quando vocês não estejam mais fazendo parte do Programa, que continuem atuando em rede, continuem se encontrando e compartilhando informações. A atuação em rede é fundamental e parte desse sentido de comunidade”, declarou.

Agente territorial de cultura com atuação em São José dos Campos (SP), Maja Gabriel compartilhou a experiência que ela vivencia na para também destacar a importância das relações. “Quem comunica no Brasil hoje? Para falar sobre isso, a gente precisa ter o conhecimento desses ‘Brasis’ que comunicam, dessa diversidade do povo brasileiro em todos os territórios. E não é só no ambiente digital que a gente vai conseguir avançar, é preciso lembrar da comunicação com proximidade, com olho no olho, com conversa e empatia. A gente não está aqui só para produzir conteúdo, nossa principal missão é sair daqui para continuar construindo relações”, afirmou.

A diretora de planejamento da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Daniela de Almeida, e a professora no Departamento de Ciências Sociais da UFPR, Tarcisa Bega, também fizeram parte da mesa do painel.

Agentes territoriais de cultura participam do Encontro de Comunicadores Populares. Foto: Carol Lando/MinC

Pedagogia da cultura

Ainda neste sábado, um encontro reuniu tutores, coordenadores estaduais e outros profissionais que se dedicam ao Programa. Durante as oficinas, a secretária de Articulação Federativa e Comitês de Cultura, Roberta Martins, lembrou a importância da territorialização das políticas públicas, e da educação ao longo de todo o processo. “Nesse momento, a gente entende a importância de olhar para o território. Debater a estruturação das políticas públicas – na saúde, na educação, na cultura, na assistência social – sem olhar o chão batido de terra, os bairros e as ruas, não leva à modificação da sociedade brasileira”, declarou.

A atividade consistiu em um momento de formação e contou com a presença do diretor de Educação Popular da Secretaria-Geral da Presidência da República, Pedro Pontual. “A educação popular é a concepção de educação que promove a formação de uma consciência crítica dos sujeitos a respeito da realidade social e da necessidade de um agir transformador sobre a realidade social. Essa concepção de educação nasce colada na cultura”, resgatou o diretor.

O evento promoveu mesas-redondas para debater questões como a educação antirracista e que considere a diversidade de pessoas LGBTQIA+ no âmbito da cultura. 

Paralelamente, cerca de 20 gestores de parceria dos comitês de cultura também passaram por um dia de debates e formação. São servidores que atuam nos Escritórios Estaduais do MinC, acompanhando os termos de colaboração firmados com os Comitês de Cultura, no âmbito do PNCC.

A formação presencial permitiu alinhar procedimentos, esclarecer dúvidas sobre a aplicação do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) e aprimorar a troca de informações sobre os diferentes contextos territoriais. O objetivo central foi qualificar o acompanhamento das ações, aprimorar o diálogo entre os atores envolvidos e garantir maior segurança jurídica e transparência ao programa.



Fonte: Ministério da Cultura

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