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Encontro da Rede Nacional Escolas Livres: segundo dia trouxe as confluências da Política Cultural

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Escuta ativa, trocas de saberes e construção coletiva. Com esse tripé, o Encontro da Rede Nacional Escolas Livres – o balanço da rede 2025 chegou ao seu segundo dia de atividades em Fortaleza (CE). Na programação desta terça-feira (27), os participantes puderam debater sobre democratização e acesso. 

No período da tarde, as Escolas Livres se reuniram em grupos para oficina de construção do Diagnóstico Participativo. Em seguida, as entidades voltaram para a plenária geral de apresentação da culminância e dos resultados das discussões nas salas.  

O evento, que conta com a realização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), e a Universidade Federal do Ceará (UFC), segue até o dia 30 de maio e reúne gestores federais, estaduais e 68 Escolas Livres, organizações da sociedade civil, com representações de todo o país.  

A mesa As Escolas Livres e a democratização do acesso à Cultura, primeira do dia, teve a participação do coordenador de Formação, Livro e Leitura (CCFOL) da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), Ernesto Gadelha; da diretora de Educação e Formação Artística da Sefli, Mariangela Andrade; e mediação da coordenadora de Redes Formativas em Arte e Cultura (CGFAC) da Diefa (Sefli), Flora de Paula.  

Foto: Guilherme Silva

Relatando a experiência que o Ceará acumula com a ação pioneira das Escolas Livres, o coordenador Ernesto Gadelha citou a importância do direito à formação artística cultural, e ressaltou que isso tem que estar no escopo do direito à cultura. 

“Com relação à pluralidade epistêmica, de linguagem, temos, no Ceará, algumas linguagens clássicas, tradicionais, audiovisuais, artes visuais, artes de cultura digital, dança de música, e outras como a escola de carnaval, cultura, arte drag queen, são exemplos de propostas que foram contempladas nesse novo edital da Secult Ceará”, afirmou o gestor. 

Ainda sobre o tema, Mariangela Andrade destacou a importância da conceituação da política e da reflexão sobre os objetivos. Na construção da rede nacional de escolas livres é importante que a gente considere pelo menos dois aspectos. Primeiro, o que queremos com essa articulação em rede. E segundo, que as ações formativas são espaços para a utilização do acesso às políticas estruturais. Porque, de fato, cultura é tudo aquilo que o ser humano faz, faz sempre. Tudo isso que a gente faz como sujeito, é cultura”, frisou.

A mediadora Flora de Paula trouxe provocações sobre o papel da formação na política pública e da importância de as escolas estarem organizadas em uma rede nacional.  

A segunda mesa do dia, As confluências da Política Cultural: Escolas Livres, Cultura Viva e Ações Continuadas, contou com mediação do coordenador-geral de Formação Artística e Cultural (Diefa/Sefli), Henrique Fernandes. 

Também presente, o diretor da Política Nacional do Cultura Viva da SCDC, João Pontes, falou sobre a confluência de termos a maioria das entidades sendo beneficiadas pelas duas políticas do MinC: Escolas Livres e Pontos de Cultura. E ressaltou a necessidade de aprofundar, ainda mais, essa relação de cultura e educação, que seja uma vivência de colaboração mútua de saberes.  

A cultura ficou descolada da sua perspectiva educacional porque ela é muito delegada ao entretenimento, delegada somente aos eventos. Então, foi uma separação um tanto traumática. Temos o desafio aqui de qualificar essa relação”, afirmou.  

Falando sobre as ações da Funarte e desse enlace entre cultura e educação, o assessor Técnico da Presidência da Fundação Nacional das Artes, Glauber Abreu, falou sobre sua formação e sua relação com as escolas livres. “Eu sou professor de teatro. A minha origem é essa, é de onde eu venho. Então estar aqui também é um pouco voltar para a minha origem. É daí que eu venho. Então eu gostaria de ser aqui, de estar aí junto com vocês, porque esse é o meu lugar. De onde eu nasci, para a vida das artes e da cultura, então é muito especial estar aqui hoje também”, lembrou. Ainda durante sua apresentação, ele citou a Rede de Ações Artísticas Continuadas da Fundação, que é uma rede interativa de um programa que se chama Programa de Apoio às Ações Contribuídas.  

“A palavra ‘livre’, da frase Escolas Livres é muito forte, especialmente para nós que trabalhamos com arte, é uma palavra muito importante. É muito difícil a gente pensar no exercício da arte sem o exercício da liberdade, que é o próprio exercício da imaginação. O que é liberdade e o que faz algo ser livre para a gente chegar depois na ideia de escola livre”, indagou o gestor da Funarte, Glauber Abreu.  

Finalizando o momento expositivo, a coordenadora do Pontão de Cultura e Educação/PA, Deíze Botelho, contou um pouco como começou o trabalho na sua cidade, das dificuldades e das conquistas que o território ganhou com a presença das escolas livres. “A gente nunca pode perder nossas oportunidades. E nós estamos de novo nessa onda. E que a gente não pode perder e a gente precisa surfar nela e se preparar para a próxima onda. Então, assim, a política precisa ser dialogada, ela precisa ser refletida e construída para que a gente possa dar continuidade ao que nós estamos fazendo hoje”, finalizou a coordenadora.  

Serão cinco dias de conexão e interação, de trocas e de qualificação, da aprendizagem sentida em coletividade. A programação prevê oficinas, debates e grupos de trabalho. Um momento para intercâmbio criativo e pedagógico, gerando a confluência de metodologias, de práticas, de conceitos, de experiências, de vivências, de linguagens, de conhecimentos, de saberes, de fazeres, de artes e de ofícios.  

O encontro reúne as Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura que foram selecionadas em 2023 pelo MinC, via edital de seleção pública nº 005. As entidades, organizadas em rede, atuam em variadas linguagens da arte e da cultura.



Fonte: Ministério da Cultura

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