O último dia da visita da comitiva do Ministério da Cultura (MinC) à Nova Iorque foi marcado por diálogos com lideranças americanas e produtores culturais. Na tarde de quinta-feira (21), a ministra Margareth Menezes se reuniu com a subsecretária de Diplomacia Pública e Negócios Públicos dos Estados Unidos da América, Elizabeth Allen, com quem falou sobre as possibilidades de intercâmbio de ideias e ações, sobretudo, voltadas aos jovens.

“Vivemos a retomada da cultura no Brasil, e isso acontece no momento em que uma nova geração vem chegando com ideias novas”, afirmou a ministra, ao pontuar a necessidade de criar políticas amplas, diversas e capazes de chegar a todos os territórios. “Podemos explorar as possibilidades para trabalhar juntas nesse sentido”, completou Elizabeth.

O bicentenário das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA), que será comemorado em 2024, também fez parte do pauta do encontro.

Produtoras e produtores

Mais cedo, Margareth Menezes se reuniu com produtores estrangeiros que trabalham ou têm interesse em ampliar produções em parceria com o Brasil. Após uma apresentação das realizações do MinC neste ano, e a pedido dos presentes, a chefe da Cultura detalhou ações emergenciais de suporte ao setor no período mais crítico da pandemia da Covid-19, primeiro com a liberação dos recursos da Lei Aldir Blanc e, depois, com a Paulo Gustavo. “Juntos, o Sistema MinC e a sociedade civil, mobilizaram e fizeram dessas ações, realidade”, disse.

Trabalhadores brasileiros da Cultura que viver nos Estados Unidos também participaram do encontro. Muitos deles se mostraram interessados nas ações que o Ministério vai lançar ainda no segundo semestre de 2023, como a volta do fomento para o intercâmbio cultural, o programa Cultura Viva e a Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), evento que ocorre entre 8 e 12 de novembro, em Belém, e traz compradores e vendedores de todo o mundo para a troca de experiências, produtos e serviços. “É pela cultura que se preserva o ambiente da democracia. Democracia é cultura e cultura é democracia”, avaliou a ministra ao dizer que acesso a esse tipo de atividade é uma ação democrática por natureza.

A regulamentação da profissão do artista foi a contribuição trazida pela fala do secretário-Executivo adjunto do MinC, Cassius da Rosa. “Foi um pedido da ministra ao assumir. E esse é um assunto caro ao ministério, que entende a importância e necessidade desse debate. Estamos falando de um setor que movimenta 3,11% do PIB nacional”, avaliou.

Também participaram do encontro o cônsul-geral do Brasil nos EUA, embaixador Adalnio Ganem Senna, e o presidente e ceo da MGM, Gustavo Pupo-Mayo. “O Brasil tem muitos talentos, esse movimento de apresentá-los ao mundo é importantíssimo”, avaliou este último.

Em seguida, a ministra fez uma visita monitorada pela Americas Society, uma organização dedicada à educação, ao debate e ao diálogo nas Américas, que conta com um amplo acervo de artistas da América Latina, entre eles, brasileiras como Laura Vinci e Anna Bella Geiger.