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Cultura é incorporada como eixo fundamental no enfrentamento às mudanças climáticas na COP 28

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“Um ativo tão forte quanto a cultura não pode ficar de fora do enfrentamento à mudança climática no planeta”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, nesta sexta-feira (8), ao discursar na primeira reunião de Alto Nível do Diálogo Ministerial sobre Ação Climática Baseada na Cultura, em Dubai, nos Emirados Árabes. Participaram do encontro, o ministro da Cultura e Juventude dos Emirados Árabes, Xeique Salem bin Khalid Al Qassimi, ministros da cultura de diversos países e representantes da sociedade civil.

A atividade faz parte do lançamento do grupo de Amigos da Ação Climática Baseada na Cultura (GFCBCA), que será co-presidido por Brasil e Emirados Árabes Unidos.  A ação compõe as agendas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 28. O Brasil sediará a COP 30, em 2025, em Belém (PA). 

Segundo a ministra, o coletivo tem a missão de fazer uma reflexão de como a cultura pode ser uma das grandes ferramentas em relação à conscientização às mudanças climáticas pelo seu potencial de comunicação e sensibilização da população em relação ao momento. 

“Comunidades tradicionais, culturas urbanas, patrimônios da humanidade e nacionais estão em risco com a mudança do clima. Esta ameaça pode fazer com que não possamos transmitir às novas gerações nossas práticas socioculturais, o nosso legado de memórias e de expressões culturais, o que é também um ataque ao direito à cultura de povos e comunidades e um limitante de nossa diversidade cultural”, avalia Margareth Menezes.

O Grupo recém lançado traz a reflexão de que as alterações climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas também cultural. Isso porque as alterações no ecossistema ambiental influenciam diretamente os ecossistemas sociais e culturais. O que significa que, à medida que as comunidades em todo o globo enfrentam aumento da temperatura e do nível do mar, também correm o risco de perder a capacidade de preservar, e se beneficiar de seus recursos tangíveis e intangíveis da cultura e patrimônio.  

A ministra participou também do painel Encontro da cultura com a luta climática: como engajar o público em soluções globais por meio de ações culturais, ao lado de Danielle Magalhães, da UN Climate Change; e de Arianna Flores-Corral, da United Nations University, com mediação de Eduardo Carvalho, do ICS. Mais cedo, Margareth reuniu-se com a sociedade civil, com participação do Instituto Clima e Sociedade, Coordenação dos Povos Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e União de Mulheres Indígenas da Amazônia, (Umiab).

Segundo a ministra, “o povo brasileiro gosta de praia, gosta de rio, gosta de florestas, acho que é chamar a consciência do que está acontecendo no sentido da necessidade de preservar. Então nós vamos usar a cultura como ferramenta, buscar conscientizar, trazer temáticas e reflexões com relação a isso”. 

“A cultura é feita de gente, a cultura é coisa viva e eu acho que por isso a cultura é uma grande ferramenta para a gente conseguir chegar no sentimento das pessoas”, concluiu Margareth Menezes. 



Fonte: Ministério da Cultura

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