Representantes culturais da região Centro-Oeste marcarão presença na 4ª Conferência Nacional da Cultura (CNC), que acontece de 4 a 8 de março no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Dos aproximadamente 1.300 delegados previstos para participar do evento, 188 pertencem à região. Destes, 42 são de Goiás, 42 do Distrito Federal, 56 do Mato Grosso e 48 do Mato Grosso do Sul. A maior parte deles i eleita durante as conferências regionais realizadas nos municípios, nos estados e no Distrito Federal.
Com o tema “Democracia e Direito à Cultura”, a 4ª CNC vai reunir mais de 3 mil pessoas para debater políticas culturais com ampla participação da sociedade, visando o fortalecimento da democracia e a garantia dos direitos culturais em todos os âmbitos da federação, de forma transversal.
Nessa expectativa que a Iyá Rosana de Omolu, moradora de Mato Grosso, viajará 1.080 quilômetros para participar do evento em Brasília. Autoridade tradicional no Ilê Asé Idasilè Odé Opô Oluayê, localizado em Santo Antônio do Leverger (MT), e pesquisadora dos ptradicionais de matriz africana, ela se destaca pela participação ativa em movimentos sociais em defesa da coletividade e a preservação de direitos e do protagonismo das mulheres de tradição, com ênfase nas mulheres negras periféricas e urbanas.
Para Rosana, as tradições mantidas por mulheres tradicionais de mafricana tiveram papel fundamental para a construção e preservação da cultura. “Foram as primeiras mulheres a terem uma expressividade no cenário nacional, pois em seus territórios sagrados a luta nasce no contexto religioso e perpassa para os mmulheres negras, pois nossas casas de axé sempre foram espaços de resistência e pertencimento de um povo”, enfatiza.
Representando as mulheres de axé, Rosana se diz esperançosa com as discussões sobre as pautas que serão abordadas na CNC. “Eu, como representante desse segmento, me sinto imensamente honrada e pronta para defender e dar protagonismo para que as nossas políticas públicas e afirmativas sejam entendidas e interpretadas como prioridade, e se tornarem políticas de Estado”, finalizou a Iyá.
Por sua vez, a também mato-grossense, Maria Clara Bertolino, reforça que a cultura é um direito de todos. Como atriz e diretora teatral ligada aos movimentos culturais, ela defende que a participação social de representantes de cultura de todo o país na 4ª CNC vai reafirmar essa garantia constitucional. “Venho dos movimentos sociais negros e, enquanto uma pessoa que transita entre vários segmentos da cultura, posso observar que, desde as conferências municipais e estaduais, a Conferência marca a retomada do MinC”, destaca. “Estamos com boas expectativas, porque depois de termos vivido alguns tempos sombrios, esse é o momento de retomarmos a luta em defesa da cultura. O momento é de procurar buscar uma unidade e incrementar e propor mais políticas públicas para ampliar e democratizar cada vez mais o acesso à cultura”, completa.
Há três categorias de participação na 4ª CNC: delegados (as), que têm direito a voz e voto; convidados (as), que têm direito a voz; e observadores (as), que poderão acompanhar todos os debates da Conferência. Sendo os primeiros, responsáveis por definir as propostas prioritárias.
Além desses, compõem o universo de delegados os 70 representantes do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) e 36 delegadas e delegados da Comissão Organizadora Nacional que não integram o CNPC.
Para 4ª CNC, foram convidadas cerca de 800 pessoas entre representantes da sociedade civil e de movimentos artístico-culturais nacionais, lideranças das culturas indígenas, pesquisadores de gestão e políticas culturais, além de artistas, produtores, influencers e articuladores de referência da cultura brasileira.
, ainda, cerca de 300 vagas para o público geral, ou observadores.
Com o tema Democracia e Direito à Cultura, a 4ª CNC é promovida pelo MinC e o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil) e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI).
O Festival da Cultura, que também integra a programação, é apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil, como realização do MinC e do CNPC, co-realização da OEI e apoio da Flacso Brasil.
9h às 18h – Recepção e Credenciamento
9h – Atividades artísticas
12h30 às 14h30 – Almoço e Atividades artísticas
14h30 às 17h – Encontros Nacionais Setoriais e Encontros Nacionais de Gestores
9h às 18h – Recepção e Credenciamento
10h às 12h30 – Reuniões Nacionais de Gestores e Reuniões Nacionais Setoriais
12h30 às 14h30 – Almoço
13h – Atividades artísticas
13h às 21h Fórum Brasileiro de Direitos Culturais
14h30 às 19h – Plenária de Regulamento Interno da Etapa Nacional
15h às 20h Lançamento de Livros
19h às 21h – Atividades Autogestionadas
19h às 21h – Jantar e Atividades artísticas
20h – Festival da Cultura (área externa)
9h – Atividades artísticas
9h às 18h – Início das Inscrições das Moções
9h às 12h30 – Grupos de Trabalho dos Eixos
12h às 14h – Atividades artísticas
14h30 às 18h – Grupos de Trabalho dos Eixos
15h às 20h – Lançamentos de Livros
19h às 21h – Atividades Autogestionadas
19h às 21h – Jantar e Atividades artísticas
20h – Festival da Cultura (área externa)
9h – Atividades artísticas
9h às 13h – Plenária dos 6 Eixos Temáticos
12h – Encerramento das inscrições das Moções
12h às 14h – Atividades artísticas
14h30 às 17h – Plenárias dos 6 Eixos Temáticos e Lançamentos de Livros
17h30 às 19h – Abertura da Plenária Final: Moções
19h às 21h – Atividades autogestionadas
19h às 21h – Jantar e Atividades artísticas
20h – Festival da Cultura (área externa)
9h – Atividades artísticas
9h às 12h – Plenária final
12h30 às 14h30 – Almoço e atividades artísticas
14h30h às 16h – Encerramento da Plenária final
18h – Festival da Cultura (área externa)
4ª Conferência Nacional de Cultura
Data: 4 a 8 de março
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães/ Brasília
Outras informações:
Assessoria de Imprensa MinC
Fonte: Ministério da Cultura